Especial 2: O São José no Brasileirão 90 – Parte 8

Pressionado por duas derrotas seguidas, o São José precisava pontuar em seu primeiro jogo no Nordeste, mas não conseguiu. É o assunto da Parte 8 do Especial 2 Jogando Juntos, sobre a participação do time no Brasileirão 90.

Sem muito tempo para treinar, porque a sexta rodada era a primeira em um meio de semana, o São José ainda teve um problema antes de embarcar para Salvador, onde visitaria o Bahia, no dia 19 de setembro, uma quarta-feira, às 21h.

Depois do último treino, na manhã de terça-feira, o lateral-direito Marcelo sentiu uma contusão e foi vetado. Cláudio Mendes, o outro da posição, tinha acabado de passar por um trabalho físico forte no grupo dos jogadores não relacionados para viajar. Na delegação, a novidade foi o atacante Ângelo, irmão do também atacante Peu e pela primeira vez na reserva.

Ainda sem o contundido lateral-esquerdo Joãozinho, o São José embarcou para reencontrar o seu ex-volante Delacir, titular de um time baiano empolgado e confiante. No domingo, visitando o Palmeiras, virou o placar e venceu por 2 a 1.

Sabendo que o time da casa iria pressionar desde o início, o São José armou um sistema defensivo que sustentou o 0 a 0 na primeira meia hora. Depois, explorando a velocidade do ponta-esquerda Naldinho e concentrando as investidas no setor, o Bahia resolveu o jogo em seis minutos.

O atacante Charles, que no final do campeonato terminaria artilheiro com 11 gols, marcou três deles em uma noite inspirada: aos 34 minutos, aos 35 e aos 40. Uma festa para os 10.290 torcedores pagantes no estádio da Fonte Nova.

O placar de 3 a 0 deixava o São José consciente de que a a derrota estava decretada. Mas como ainda viria um segundo tempo inteiro, o time esboçou um pressão na volta do intervalo, tentando um primeiro gol que quase surgiu quando Vander Luiz fez um passe aprofundado e o atacante Tita chutou exigindo boa defesa do goleiro Ricardo.

Os times

O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Cláudio Mendes, Celso, Eugênio e Bira; Amauri, Vander Luís, Henrique e Tita; Peu (Moura) e Romildo (Ângelo). Permaneceram no banco: Wellington, Alemão e Luciano.

O Bahia, do técnico Candinho; Ricardo; Mailson, Jorginho, Wagner Basílio e Gleber; Delacir, Paulo Rodrigues e Luís Henrique (Marquinhos); Gil, Charles e Naldinho.

O árbitro foi Antônio Pereira da Silva (GO), com os assistentes Edson Paulino da Silva (GO) e José Caetano Ferreira (GO).

A rodada

A sexta rodada apresentou os seguintes resultados: Bahia 3 x 0 São José; Santos 0 x 0 Flamengo; Corinthians 1 x 0 Fluminense; Atlético-MG 1 x 0 Palmeiras; Internacional 1 x 2 São Paulo; Portuguesa 2 x 2 Grêmio; Bragantino 0 x 1 Náutico; Goiás 3 x 0 Internacional de Limeira; Vasco 1 x 1 Cruzeiro e Botafogo 0 x 0 Vitória.

A terceira rodada sem pontuar fez o São José descer e ficar mais próximo da zona de rebaixamento. Na classificação geral, com a vitória valendo dois pontos: 1º – Atlético-MG e Cruzeiro (10 pontos); 3º – Goiás (9); 4º – Vitória (8); 5º – Bahia, Bragantino, Náutico, Inter de Limeira, Corinthians e Grêmio (7); 11º – São Paulo, Fluminense e Santos (6); 14º – Flamengo (5); 15º – Palmeiras e São José (4); 17º – Vasco e Portuguesa (3) e 19º – Botafogo e Internacional (2).

A sétima partida do São José prometia um tenso reencontro com a torcida. Será o assunto da Parte 9 do Especial. Até lá.

No foto (Terceiro Tempo/Cortesia), o time do Bahia em um dos jogos do campeonato: Chico, Mailson, Gléber, Jorginho, Paulo Rodrígues e Vágner Basílio; Naldinho, Delacir, Charles, Luís Henrique e Gil.

Comentário

comentário