Especial 2: O São José no Brasileirão 90 – Parte 13

A derrota que deixou o time na última posição é o assunto da Parte 13 do Especial 2 do Jogando Juntos, lembrando a participação do São José no Brasileirão 90. Um pênalti contestado e aproveitado pelo adversário desequilibrou um jogo tenso, porque o concorrente tinha um ponto a menos e estava em crise.

Quando a rodada anterior terminou, o São José estava na 19ª e penúltima colocação nos critérios para desempate. A Portuguesa e o Internacional também somavam sete pontos. Na última posição, pela primeira vez, o Palmeiras somava seis.

Sem desfalques, o técnico joseense Ademir Mello manteve a escalação que vinha de um empate no Rio Grande do Sul, com o Internacional, por 1 a 1. No Palmeiras, o técnico Dudu corria o risco de demissão depois de uma derrota para o Vasco, no Rio de Janeiro, por 2 a 1.

Pela 11ª rodada, no dia 10 de outubro, uma quarta-feira, às 20h30, apenas 1.476 torcedores foram ao estádio Palestra Itália. De vez em quando, os poucos torcedores joseenses eram ouvidos, principalmente quando o time conseguia armar algumas boas descidas, quase todas em contragolpes.

Em casa, o Palmeiras foi ao ataque desde o início, mas sem conseguir desestabilizar a marcação adversária. O São José planejava manter a partida controlada até a metade do segundo tempo, quando os torcedores palmeirenses estariam cobrando mais e enervando os próprios jogadores.

A estratégia do São José vinha dando certo até surgir um pênalti para o Palmeiras, aos 15 minutos, do zagueiro Leandro sobre o atacante Betinho. Os joseenses protestaram contra a decisão do árbitro Edmundo Lima Filho e logo em seguida, Betinho aproveitou a oportunidade, cobrando com categoria e abrindo o placar.

Aliviado, o Palmeiras aproveitou o bom momento e ampliou minutos depois, com o atacante Careca Bianchesi, aos 23. O São José, irritado e consciente de que a derrota seria inevitável, ainda perdeu o zagueiro Bira, aos 32, expulso por falta violenta.

Com o resultado, o Palmeiras ultrapassou o São José na pontuação, indo para oito contra sete. Os concorrentes Internacional e Portuguesa também sofreram derrota na rodada, mas o time joseense, em desvantagem no saldo de gols, pela primeira vez foi parar na última posição e completando nove partidas sem vitória.

Os times

O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marcelo, Leandro, Bira e Joãozinho; Luís Carlos Goiano, Vander Luís, Henrique e Tita (Peu); Ângelo e Viola. Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Eugênio, Alemão e Moura.

O Palmeiras, do técnico Dudu: Velloso; Odair, Toninho Cecílio, Eduardo e Dida; Júnior, Betinho (Roger) e Ranielli; Jorginho, Careca Bianchesi e Marcelo (Erasmo). Permaneceram no banco: Ivan, Abelardo e Aguirregaray.

O árbitro foi Edmundo Lima Filho (SP), com os assistentes Sérgio Fernandes (SP) e Marcos Fábio Spironélli (SP).

A rodada

A 11ª rodada teve os seguintes resultados: Palmeiras 2 x 0 São José; Santos 1 x 0 Portuguesa; São Paulo 1 x 0 Internacional de Limeira; Bragantino 2 x 2 Corinthians; Flamengo 2 x 0 Vitória; Cruzeiro 4 x 0 Grêmio; Fluminense 0 x 0 Náutico; Atlético-MG 2 x 1 Internacional; Botafogo 0 x 1 Bahia e Goiás 1 x 1 Vasco.

A classificação geral, com a vitória valendo dois pontos, ficou assim: 1º – Atlético-MG (18 pontos); 2º – Corinthians (15); 3º – Cruzeiro (14); 4º – Bahia, Bragantino, Goiás, Santos e Grêmio (13); 9º – Vitória (12); 10º – São Paulo e Náutico (11); 12º – Botafogo e Flamengo (10); 14º – Vasco 9; 15º – Palmeiras, Inter de Limeira e Fluminense (8); 18º – Internacional, Portuguesa e São José (7 pontos – 1 vitória – 5, 6 e 8 no saldo negativo de gols).

A 12ª partida seria contra um outro grande de São Paulo, no domingo seguinte, diante da torcida. É assunto da parte 14 do Especial. Até lá.

Na foto (Reprodução), uma parte das folhas do São José no álbum de figurinhas do campeonato.

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