Especial 3: O São José no Brasileirão 82 – Parte 6

No terceiro jogo fora de casa, uma vitória valeu a condição de novo líder provisório do grupo. É o assunto da Parte 6 do Especial 3 do Jogando Juntos, lembrando a participação do São José na Taça de Ouro do Brasileirão de 82.

No Grupo F, de cinco times disputando três vagas na segunda fase, o São José fez um bom primeiro turno e ficou na zona de classificação. Somando cinco pontos, dividiu o segundo lugar com o Grêmio e a um ponto do líder Atlético-MG, com seis e ainda invicto. A capixaba Desportiva e o baiano Vitória ganharam dois pontos.

O returno, sem a mesma ordem de rodadas, começou com o São José visitando a Desportiva e o Grêmio recebendo o Vitória. O Atlético-MG, folgando na tabela, ficaria esperando para saber se continuaria com a melhor pontuação.

No dia 3 de fevereiro, uma quarta-feira, às 21h, o São José encontrou 5.530 torcedores no estádio Engenheiro Araripe, em Vitória. E também um adversário reanimado, porque depois de três derrotas, a Desportiva vinha de um 3 a 1 sobre o Vitória e planejava engrenar uma reação e entrar na disputa por uma vaga.

Sem o ponteiro-esquerdo Nenê, expulso no 0 a 0 do domingo anterior como visitante do Atlético-MG, o técnico joseense Fidélis colocou o meia Eli Carlos no time. Assim, Niltinho, que vinha substituindo o contundido meia Tata, passou à ponta esquerda, mas sem deixar de ajudar na marcação.

O jogo

Em casa, a Desportiva explorava a experiência do ponteiro-direito Zuza, ex-América de São José do Rio Preto e Palmeiras. No entanto, encontrava um São José bem posicionado e também querendo explorar os momentos de posse de bola.

No último minuto do primeiro tempo, o volante joseense Gerson Andreotti teve um desentendimento com o atacante adversário Quincas e ambos foram expulsos pelo árbitro carioca Valquir Pimentel.

Com Ademir Mello como primeiro volante, o São José manteve o bom rendimento do primeiro tempo e soube aproveitar um lance de bola parada para abrir o placar na metade do segundo. Aos 23 minutos, em uma falta bem aberta pela meia esquerda, Eli Carlos levantou em diagonal. A defesa capixaba, concentrando a marcação no artilheiro Tião Marino, foi surpreendida por uma deslocação do zagueiro Ademir Gonçalves, cabeceando no canto direito.

A Desportiva sentiu o gol e mesmo cobrada pela torcida, não conseguiu ir à frente com a qualidade necessária para desarrumar a defesa joseense. O técnico Fidélis, substituindo Eli Carlos pelo atacante Adilson, manteve o São José perigoso nos contragolpes e impedindo um volume de jogo maior do adversário.

Times e rodada

O São José, do técnico José Maria Fidélis: Ivan; Sotter, Darci, Ademir Gonçalves e Campina; Gerson Andreotti, Ademir Mello e Eli Carlos (Adilson); Edinho, Tião Marino e Niltinho.

A Desportiva, do técnico Elcí Rodrigues: Rogério; Jorge Luís, Gabriel, Edmar e Vicente Paixão; Marcos Nunes, Naldo e Paulistinha (Batalha); Zuza (Adválter), Quincas e Dário.

No outro jogo da rodada, em Porto Alegre, o Vitória surpreendeu o Grêmio e venceu, por 1 a 0. Aos 30 minutos do primeiro tempo, o volante Joel Zanata cobrou uma falta frontal  e de média distância, chutando forte e acertando o ângulo direito.

Com os resultados, o São José assumiu a liderança na seguinte classificação: 1º – São José (7 pontos em 5 jogos); 2º – Atlético-MG (6 pontos em 4 jogos); 3º – Grêmio (5 pontos em 4 jogos); 4º – Vitória (4 pontos em 5 jogos) e 5º – Desportiva (2 pontos em 5 jogos).

Depois de três partidas longe de casa, o São José teria um reencontro com torcida. Será o assunto da Parte 7 do Especial. Até lá.

Na foto (Acervo do São José EC), o zagueiro Ademir Gonçalves entre Walter Passarinho e Nelsinho.

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