Especial 3: O São José no Brasileirão 82 – Parte 7

A classificação antecipada com uma vitória em casa, depois de alcançada a liderança em três partidas fora, é o assunto da Parte 7 do Especial 3 do Jogando Juntos, lembrando a participação do São José na Taça de Ouro do Brasileirão 82.

No Grupo F, de 10 rodadas e cinco times disputando três vagas na segunda fase, o São José partiu para a sétima com a chance de sair de campo comemorando classificação. Em casa, enfrentaria o baiano Vitória que vinha com três pontos a menos e querendo aproveitar o confronto direto para reduzir a diferença.

No dia 7 de fevereiro, um domingo e com aproximadamente 9.000 torcedores no Martins Pereira, porque o público oficial não foi divulgado, o São José voltou a atuar em casa. Depois de três partidas fora e com a primeira perdendo justamente para o Vitória, em Salvador, o time vinha reabilitado por um empate na segunda e uma vitória na terceira.

O volante Gerson Andreotti, expulso no 1 a 0 de quarta-feira sobre a Desportiva, abriu espaço para a volta do ponteiro-esquerdo Nenê, que havia deixado o time pelo mesmo motivo, no 0 a 0 com o Atlético-MG. O substituto Niltinho permaneceu na equipe porque o meia Tata seguia afastado por contusão.

O Vitória veio direto do Rio Grande do Sul, onde na quarta-feira tinha somado dois pontos preciosos ao vencer o Grêmio, por 1 a 0. No entanto, estava desfalcado do meia-atacante Zé Augusto, suspenso por expulsão.

O jogo

Quando o árbitro carioca Wilson Carlos dos Santos apitou o início da partida, o São José foi à frente e não precisou de muito tempo para abrir o placar. Aos 6 minutos, o lateral-esquerdo Campina viu um espaço para invadir a área e aproveitar um passe aprofundado ao concluir com efetividade.

O time joseense tentou aproveitar o bom momento para ampliar a vantagem, mas não conseguiu. Aos poucos, o Vitória foi equilibrando as ações e mostrando a competitividade que explicava a vitória sobre o Grêmio.

No segundo tempo, aos 21 minutos, o Vitória foi recompensado pela insistência e empatou com o atacante Zé Júlio finalizando uma boa descida. Em seguida, quase virou quando o zagueiro Darci travou um chute do atacante Laerte.

Instigado, o São José reagiu, voltou a atacar e não demorou para desempatar, aos 25 minutos e com o oportunismo do artilheiro Tião Marino. Depois, com Jarbas e Adilson substituindo os ponteiros Edinho e Nenê, continuou incomodando a defesa adversária e levando o placar de 2 a 1 até o final.

Times e rodada

O São José, do técnico José Maria Fidélis: Ivan; Sotter, Darci, Ademir Gonçalves e Campina; Ademir Mello, Niltinho e Eli Carlos; Edinho (Jarbas), Tião Marino e Nenê (Adilson).

O Vitória, do técnico Daltro Menezes: Geninho; Robson, Xaxá, Nad e Marquinhos; Alexandre, Procópio e Joel Zanata; Cavalinho, Laerte e Monteiro (Zé Júlio).

No outro jogo da rodada, em Porto Alegre, o Grêmio recebeu o Atlético-MG e venceu, por 2 a 0. Os gols surgiram no segundo tempo, com o centroavante Baltazar, aos 32 minutos e o lateral-direito Uchôa, aos 42.

Os resultados mantiveram o São José na liderança do Grupo F. Com a vitória valendo dois pontos, a classificação ficou assim: 1º – São José (9 pontos em 6 jogos); 2º – Grêmio (7 pontos em 6 jogos); 3º – Atlético-MG (6 pontos em 5 jogos); 4º – Vitória (4 pontos em 6 jogos) e 5º – Desportiva (2 pontos em 5 jogos).

O penúltimo jogo do São José também seria diante da torcida e teve um gol que o árbitro e quase todos os que estiveram no estádio não viram. Será o assunto da Parte 8 do Especial. Até lá.

Na foto (do acervo do saudoso cronista esportivo Alberto Simões), Campina, Ademir da Guia e o árbitro Orêncio Caputo em um amistoso de 1977, quando o São José recebeu o Palmeiras na festa de aniversário da cidade e perdeu, por 3 a 1.

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