Especial 5: O acesso do São José em 96 – Parte 13

A perspectiva de reação foi confirmada com um resultado positivo no primeiro jogo em casa com o novo técnico, o segundo diante da torcida. É a Parte 13 do Especial 5 do Jogando Juntos, lembrando as conquistas do São José na temporada 96.

O Campeonato Paulista da Série A-2 tinha os 16 times disputando um primeiro turno que valia três vagas no quadrangular final de acesso ao Paulistão 97. O São José, de derrota e empate nas duas primeiras rodadas, teve uma troca de técnico e Afrânio Riul estreando com derrota fora. No entanto, ficou a impressão de que a equipe poderia reagir dante da torcida.

Pela quarta rodada, o São José recebeu o Santo André no dia 6 de março, uma quarta-feira. Por causa do fraco início de campanha, um pequeno público esteve no Martins Pereira e apoio dado foi recompensado.

No time, Afrânio Riul fez algumas alterações e com destaque para a saída do meio-campista Edson Boaro. O renomado ex-lateral-direito disse que preferia pensar em uma outra equipe para embalar o encerramento da carreira. O zagueiro Sílvio, suspenso por expulsão, foi substituído por Fabião.

O jogo

Também somando apenas um ponto em três rodadas, o Santo André queria aproveitar a ocasião para reagir. Por isso, o primeiro tempo foi acirrado e de cartões amarelos mostrando que a partida poderia terminar com expulsões.

No começo da segunda etapa, o São José melhorou e abriu o placar com o atacante Eduardo, aos 14 minutos. Todavia, em uma falha da defesa, o Santo André empatou logo em seguida, aos 15, com o atacante Cy.

A partida seguiu nervosa e o ponteiro-esquerdo joseense Claudinho e o zagueiro visitante Alexandre Rosa foram expulsos. Aos 23, o São José descolou um pênalti e o zagueiro Rangel cobrou com competência, desempatando.

O Santo André ficou irritado, o meia Celinho foi expulso e o São José tratou de liquidar o adversário. Aos 41, o atacante Silva marcou 3 a 1 e a primeira vitória no campeonato começou a ser comemorada.

Times

O São José, do técnico Afrânio Riul: Charles; Josias, Fabião, Rangel e Da Silva (Oliveira); Ademir Fonseca, Sandro Fonseca, Marcus Vinícius (Eduardo) e Edvaldo (Celso); Silva e Claudinho.

O Santo André, do técnico Ernesto Luiz Lance: Alexandre; Cipó, Alexandre Rosa, João Marcelo e Giórgio; Candeia, Ivair (Juari), Luís Simplício (Milton) e Marquinhos (Celinho); Ivan e Cy.

O árbitro foi Valdir de Lima, com os assistentes Ricardo Ibitinga de Barros e Wagner Campos do Nascimento.

Na rodada em que o São José saiu da zona de rebaixamento, formada pelos três piores, os outros sete jogos tiveram os seguintes resultados: Ponte Preta 1 x 0 Internacional de Limeira; XV de Piracicaba 0 x 1 Portuguesa Santista; Ituano 2 x 1 Bragantino; Paulista de Jundiaí 3 x 2 Paraguaçuense; Noroeste de Bauru 1 x 1 Comercial de Ribeirão Preto; Bandeirante de Birigüi 2 x 2 Olímpia e Sãocarlense 4 x 0 Rio Preto.

A classificação, que ao final do primeiro turno qualificaria os dois melhores ao quadrangular decisivo: 1º – Ponte Preta e Portuguesa Santista (10 pontos); 3º – Ituano (9); 4º – Paulista (8); 5º – Sãocarlense e Bragantino (7); 7º – Rio Preto (6); 8º – Paraguaçuense, Noroeste e Olímpia (5); 11º – XV Piracicaba e São José (4); 13º – Comercial (3); 14º – Bandeirante (2); 15º – Santo André (1) e 16º – Inter de Limeira (0).

A próxima partida trazia o desafio de um primeira vitória fora de casa. Será o assunto da Parte 14 do Especial. Até lá.

Na foto (do Acervo do Museu do Esporte/SJC), o zagueiro Rangel em partida pelo São José.

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