São José estreia em mais um Brasileirão feminino

O Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, organizado pela Confederação Brasileira de Futebol, começou a ser disputado em 2013 e com o São José sempre presente. Agora, neste sábado, o time estreia na edição 2022 e tem como principal desafio a conquista de uma das oito vagas das quartas de final, depois de garantir permanência na elite nacional.

Crescendo a cada ano e atraindo times de camisas pesadas do futebol masculino, a 10ª edição do Brasileirão feminino exigirá estrutura e conhecimento da modalidade. Como segue rebaixando os quatro últimos entre os 16 que disputam um turno inicial de 15 rodadas, é acirrado desde a primeira e geralmente deixa algumas decisões para a última.

No ano passado, o São José escapou no apito final. Somando 13 pontos, terminou na 12ª colocação, justamente na frente dos quatro que desceram: Botafogo-RJ (11 pontos), Minas Brasília (11), Nápoli Caçadorense-SC (7) e Esporte Clube Bahia (4). Subiram da Série A-2: Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Cresspom-DF e Esmac-PA.

As dificuldades eram esperadas porque o técnico que participou da montagem do elenco durante a pré-temporada recebeu proposta de um concorrente e saiu. Nedilson Oliveira, de bons trabalhos em categorias de base no masculino, foi uma opção doméstica da gestora Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida e na sua primeira experiência no feminino, ajudou a manter a equipe na Série A-1.

Logo após o Brasileirão, várias jogadoras foram embora e possibilitaram uma reformulação que começou para ser desenvolvida no Campeonato Paulista. Nedilson Oliveira teve que voltar às escolinhas de futebol da Prefeitura e Guilherme Giudice, ex-técnico do Santos, foi contratado. Ele estava na cidade para cuidar da saúde e vem conseguindo intercalar as atividades no São José com o tratamento médico. Além de um treinador qualificado, representa um exemplo de disposição.

Preparado

No Campeonato Paulista, o time correspondeu e atingiu o objetivo de terminar na sexta colocação, atrás somente dos outros cinco concorrentes que também chegaram na frente durante o Brasileirão anterior. Mais que isso, cresceu o suficiente para deixar a impressão de que poderá ser bem sucedido nas competições desta temporada.

Mantendo quase todas as jogadoras e liberando somente as que não ficaram nos planos para 2022, o São José ainda fez contrações pontuais para reforçar a equipe. A lateral-direita Poliana, emblemática pelos vários títulos conquistados com a camisa joseense, voltou após passagem pelo Corinthians. A volante Júlia Cipriani também é novidade.

O técnico Guilherme Giudice não antecipou a escalação para a estreia. Uma provável: Zany; Poliana, Karen, Veronica Riveros e Juju; Vitória Calhau, Sara e Ju Oliveira; Bea, Verena e Larissa Vasconcelos. Ficariam como opções para o banco de reservas: Jéssica, Letícia (goleiras), Evellyn, Camila, Gabriela (laterais), Letícia Fagundes, Aline (zagueiras), Rafa Marques, Ionara, Thainá, Júlia Cipriani (meio-campistas), Jaielly e Rayane (atacantes).

O Avaí/Kindermann era o tradicional Kindermann antes da fusão e agora passa a ser muito mais Avaí. Após o falecimento de Salézio Kindermann, presidente e principal responsável pela manutenção da equipe da cidade de Caçador, a família conduziu o projeto até a Libertadores da América de dezembro do ano passado. Depois, diante das dificuldades financeiras, chegou a anunciar o encerramento das suas atividades.

O Avaí Futebol Clube topou assumir a gestão do time e deixou o técnico Rodolfo Segundo com um tempo razoável para promover a pré-temporada e montar o elenco que deverá trazer algumas novidades para a competição.

Ainda sobre o assunto, mais informações na matéria publicada ontem: “São José feminino tem reencontro com a torcida”.

Nas fotos (Divulgação), Bea, Gabriela, Letícia Fagundes, Ionara e Ju Oliveira em um treino; o técnico Guilherme Giudice orientando as jogadoras.

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