Skatista joseense fica em terceiro no STU Open Rio

A skatista joseense Pâmela Rosa foi pódio no STU Open disputado no Rio de Janeiro. Na final de domingo, ela tentou algumas manobras mais arrojadas para alcançar um tricampeonato na competição, mas não teve êxito. Mesmo assim, completou o trio brasileiro nos pódios feminino e masculino.

Confira no material divulgado pela assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).

A Praça Duó, na Barra da Tijuca, voltou a coroar Rayssa Leal. No domingo (29/10), a medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio conquistou o tricampeonato do STU Open Rio no Street, depois de ser campeã em 2021 e 2022, e passa a ser a maior vencedora da competição. Um dos grandes ícones e referência do skateboarding brasileiro e mundial, ela conseguiu uma boa estratégia neste novo formato de competição e levou o público ao delírio com a conquista.

O STU Open Rio entrou em cena em 2017, quando Pâmela Rosa ficou com o título. No ano seguinte, quem levou a melhor foi Leticia Bufoni, com Pâmela Rosa levando o bicampeonato em 2019. Por conta da pandemia, não houve edição em 2020. Desde 2021, portanto, só deu Rayssa no lugar mais alto do pódio da Praça Duó. Mas, neste ano, ela e as demais skatistas tiveram que se adaptar a um novo formato de disputa, principalmente na final.

As provas

As seis finalistas tinham duas sessões ordenadas de 20 minutos cada, com um intervalo técnico de 10 minutos entre elas. A primeira sessão com voltas de 60 segundos, com direito a um erro para continuar na mesma linha. Caso errasse uma segunda vez, a volta era paralisada e não havia pontuação, chamando assim a próxima skatista. Valia a melhor volta. Na segunda sessão, cada skatista tentava sua melhor manobra dentro de 20 minutos, valendo a melhor trick. O resultado era a média da nota da melhor volta com a nota da melhor trick.

Na primeira sessão, cada uma só teve tempo de dar duas voltas. Em ambas, as maiores notas já foram de Rayssa: 77,27 e 85,63. Pâmela, até ali, seguia em segundo. Já na sessão das manobras, Rayssa conseguiu uma nota 85,78 e, mesmo com uma grande performance da americana Paige Heyn, que fez a trick de nota mais alta do dia (90,15), Rayssa acabou campeã pela média das duas sessões (85,70). Paige ficou com o vice (82,23) e Pâmela completou o pódio (80,02).

“Estou muito feliz com minha performance hoje, por mais que esteja com um incômodo, porque machuquei o pé no primeiro dia de treinos. Consegui acertar as manobras que queria, por mais que este novo formato tenha tornado tudo muito ligeiro, com tempo para apenas duas voltas e quatro manobras. A parte estratégica mudou completamente. Tivemos que pensar rápido porque vimos que não daria tempo para executar tudo o que a gente queria. Mas o importante foi que todas conseguiram se divertir e animar o público. Agora é só felicidade e curtir a família”, disse Rayssa.

Street masculino

Numa final entre três brasileiros e três estrangeiros, o campeão da sexta edição do STU Open Rio foi um argentino. Neste domingo (29/10), Matias Dell Olio brilhou na Praça Duó, na Barra da Tijuca, e vibrou muito com seu primeiro título no Brasil. Mas ele mesmo admitiu que foi um dos rolês mais nivelados e acirrados que já vivenciou, principalmente na disputa com o brasileiro Giovanni Vianna, que terminou em segundo, e o colombiano Jhancarlo Gonzales, terceiro. As duas sessões da final neste novo formato da competição explicam.

Na primeira sessão, Giovanni Vianna avançou em primeiro, com uma nota 87,25 na sua segunda volta. O colombiano passava em segundo (85,30), com Matias apenas em terceiro, com um 83,12. Após dez minutos de intervalo, todos voltavam para apresentar suas melhores manobras. Foi quando o argentino brilhou. Numa trick que valeu a nota 86,19, a maior da noite na pista da Praça Duó, sua média ficou em 84,66 e nenhum outro conseguiu superá-lo. Giovanni Vianna terminou com a nota final 83,92 e Jhancarlo Gonzales, com 83,74.

“Estou muito feliz. Adoro andar no Rio. A pista é fantástica e tenho muitos amigos aqui. Sem falar do alto nível dos skatistas. Não pude ganhar uma medalha para o meu país nos Jogos Pan-Americanos, onde o Lucas Rabelo levou o ouro, e por isso fico mais realizado de poder chegar aqui, numa competição dessa grandeza, e conquistar esse título tão importante pra mim. Quero aproveitar e agradecer a todos que andaram comigo e à organização, que fez um grande evento”, disse um simpático Matias Dell Olio, que, no Chile, há apenas oito dias, terminou em quinto lugar.

Seleção representada

As finais contaram com cinco skatistas da Seleção Brasileira. Além de Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Giovanni Vianna, todos da principal, Maria Almeida (5ª) e Filipe Mota (5º), ambos da Júnior, representaram nas finais.

Paraskate Street

Já na final do Paraskate Street, a estrela que brilhou mais forte dentre os 10 paraskatistas foi a do curitibano Felipe Nunes, de 23 anos. Ele, que na véspera já tinha sido vice-campeão na modalidade Park, é um dos principais nomes da cena do skateboarding mundial, apadrinhado por ninguém menos do que a lenda Tony Hawk. Felipe perdeu as duas pernas aos seis anos de idade, ao brincar com amigos na linha do trem. Mas ele mesmo sempre diz que sua vida começou após o acidente, o que mostra sua força e resiliência.

Com muito estilo, técnica e base sobre o shape, foi eleito o “Skatista do Ano” na categoria masculina do prêmio CBSk (Confederação Brasileira de Skate) logo na sua primeira temporada como profissional, em 2021. E tratou de mostrar ao bom público presente na Praça Duó todo o seu talento. Depois de já fazer uma bela primeira volta – das três a que cada um tinha direito – e ganhar dos juízes a nota 85,07, ousou ainda mais na segunda, cravou um 87,71 e garantiu mais um título para sua galeria. Tony Alves foi o segundo e Kauê Augusto, o terceiro.

STU Open Rio 2023

O STU Open Rio 2023 foi apresentado pelo Banco BV, viabilizado pela Secretaria de Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro e teve patrocínio de Monster Energy, Oi, Enel e Tiger, a cerveja oficial do STU. A Bic foi a parceira especial, com CBSk, Baw, Altermark e Eletromidia como parceiros oficiais. Contou com apoio da ABPSK e da Drop Dead, além de apoio institucional da Subprefeitura da Barra da Tijuca. Windsor e LSH by Own foram os hotéis oficiais e a Rádio Cidade, a rádio oficial do evento.

Resultados finais

Street Feminino

1ª – Rayssa Leal – 85,70

2ª – Paige Heyn – 82,23

3ª – Pâmela Rosa – 80,02

4ª – Morena Dominguez – 39,87

5ª – Maria Almeida – 23,98

6ª – Rafaela Murbach – 13,92

Street Masculino

1º – Matias Dell Olio – 84,66

2º – Giovanni Vianna – 83,92

3º – Jhancarlo Gonzales – 83,74

4º – Richard Tury – 82,17

5º – Filipe Mota – 78,97

6º – Abner Pietro – 41,71

Paraskete Street

1º – Felipe Nunes – 87,71

2º – Tony Alves – 81,26

3º – Kauê Augusto – 76,15

4º – Vini Sardi – 71,14

5º – Jota Ribeiro – 56,78

6º – David Soares – 52,19

7º – Ruan Felipe – 50,71

8º – Leo Almeida – 35,54

9º – Daniel Amorinha – 34,30

10º – Nando Araújo – 27,07

Estrutura

O STU Open Rio 2023 foi apresentado pelo Banco BV, viabilizado pela Secretaria de Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro e teve patrocínio de Monster Energy, Oi, Enel e Tiger, a cerveja oficial do STU. A Bic foi a parceira especial, com CBSk, Baw, Altermark e Eletromidia como parceiros oficiais. Contou com apoio da ABPSK e da Drop Dead, além de apoio institucional da Subprefeitura da Barra da Tijuca. Windsor e LSH by Own foram os hotéis oficiais e a Rádio Cidade, a rádio oficial do evento.

Nas fotos (de Pablo Vaz/STU), Pâmela Rosa e Rayssa Leal durante as provas.

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