Rugby da região reforça seleções no Peru

Com representantes do Jacareí e São José, as seleções brasileiras masculina e feminina de rugby sevens viajaram ao Peru que sediará etapa de competição continental. As Yaras terão estreia de treinadora.

Confira no material enviado por Victor Ramalho, da assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).

O Sul-Americano de Rugby Sevens de 2024 acontece no sábado, dia 26, e no domingo, dia 27, no estádio de rugby da Villa María del Triunfo, em Lima, no Peru. O evento contará com os torneios feminino e masculino e o Brasil buscará feitos distintos em cada categoria.

Entre as mulheres, as Yaras irão em busca do 22º título na história. Até hoje, atuando com a seleção principal, o Brasil conquistou 21 títulos sul-americanos em 21 torneios disputados. Apenas em 2023, utilizando oficialmente sua seleção de desenvolvimento, as brasileiras ficaram com o vice-campeão, em torneio conquistado pela Argentina.

Agora, além das Yaras defenderem sua invencibilidade histórica, o torneio marcará a estreia da nova treinadora do Brasil, a neozelandesa Crystal Kaua.

“Estivemos juntos por 10 dias, mas nesse curto período, estabelecemos as bases para um novo plano de jogo. Este torneio é sobre ver o progresso desse tempo, com jogadoras experientes e novos rostos se unindo enquanto iniciamos o novo ciclo olímpico. Não se trata de perfeição, mas de construir uma base sólida e momento de conhecer as jogadoras, enquanto crescemos em direção aos nossos objetivos maiores”, disse Crystal Kaua.

O grupo

O Brasil caiu no Grupo B ao lado de Chile, Peru e Uruguai. As Yaras jamais foram derrotadas por essas seleções na história. Em 2023, as brasileiras essas três oponentes, vencendo o Chile por 41 a 23, o Uruguai por 48 a 0 e o Peru por 27 a 0. No outro grupo estão a Argentina, principal concorrente pelo título, Colômbia, Paraguai e Venezuela.

Ao final dos jogos de sábado, as duas primeiras colocadas de cada grupo avançarão às semifinais. O Brasil atualmente é a única seleção sul-americana que disputa a primeira divisão do Circuito Mundial de Rugby Sevens (SVNS), que começará no dia 30 de novembro.

O Sul-Americano servirá justamente para as Yaras se prepararem para mais uma temporada entre as 12 melhores seleções do mundo. Já para as demais seleções sul-americanas, o torneio valerá duas vagas na segunda divisão mundial, o World Rugby Sevens Challenger.

As jogadoras

Para a viagem ao Peru, Kaua apostou na base do time que disputou os Jogos Olímpicos de 2024, mas com novidades. Entre as atletas olímpicas, estarão de volta Raquel Kochhann (porta bandeira do Time Brasil em Paris), Mari Nicolau, Thalita Costa, Isadora Lopes, Leila Silva, Yasmim Soares, Gabi Lima e Gisele Gomes. Além delas, Camilla Ísis e Larissa Alves, que têm experiência de Circuito Mundial, estão de volta, além da jovem Anne dos Santos, que esteve na lista longa para Paris 2024, mas acabou não indo a Paris. A amazonense Lohana Valente, com experiência na seleção de Rugby XV, é a estreante do sevens.

Tupis

O torneio masculino também envolverá 8 seleções e o Brasil está no Grupo B com Colômbia, Venezuela e Costa Rica, enquanto no Grupo A estão Chile, Paraguai, Peru e Guatemala. Argentina e Uruguai, que estão na primeira divisão do Circuito Mundial, optaram por não disputar o torneio, que valerá duas vagas na segunda divisão mundial (World Rugby Sevens Challenger) de 2025.

Os Tupis, liderados pelo treinador Lucas “Tanque” Duque, estão entre os favoritos para o título da competição, ao lado do Chile. No Grupo B, o Brasil tem ampla vantagem histórica sobre os rivais. Contra a Colômbia, em 18 jogos oficiais na categoria, o Brasil venceu 15, incluindo em 2023 por 19 a 14. Contra a Venezuela, o Brasil jamais foi derrotado, mas o último jogo ocorreu em 2019. Por fim, contra a Costa Rica, os Tupis também estão invictos e venceram o último encontro, em 2022, por 54 a 0.

O elenco escolhido por Tanque é experiente e é formado por uma base de atletas dos Cobras, a franquia brasileira de Rugby XV que disputa o Super Rugby América, a liga profissional sul-americana. São eles Robert Tenório, João Amaral, Lorenzo Massari, Lucas Spago, Matheus Cláudio, Rafael “Latrell”, Renato Santos, Sérgio Luna, Daniel “Maranhão” e Widson “Cafu”.

Os dois únicos nomes que não atuaram neste ano pelos Cobras são os mais experientes no sevens: Moisés Duque, último remanescente da seleção que disputou os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e irmão do treinador, e Lucas Drudi, que esteve já em duas edições dos Jogos Pan-Americanos.

As partidas

Os jogos da delegação brasileira estão assim programados no horário de Brasília.

Feminino

Sábado

11h14 – Brasil x Uruguai

14h10 – Brasil x Peru

17h06 – Brasil x Chile

Masculino

Sábado

12h42 Brasil x Costa Rica

15h38 Brasil x Venezuela

18h34 Brasil x Colômbia

Os convocados

Tupis

⁠João Amaral (Cobras/SPAC)

Lorenzo Massari (Cobras)

Lucas Spago (Cobras/Pasteur)

Matheus “Nego” Cláudio (Cobras/Jacareí)

Moisés Duque (Académica de Coimbra, Portugal)⁠

Rafael “Latrell” Teixeira (Cobras/São José)

Renato Santos (Cobras/Pasteur)

Robert Tenório (Cobras/Poli)

⁠Sérgio Luna (Cobras/SPAC)

Lucas Drudi (Jacareí)

Daniel “Maranhão” Lima (Cobras/Poli)

Widson “Cafu” Meneses (Cobras/SPAC)

Comissão técnica

Treinador – Lucas Duque

Manager/Assistente – Gustavo Albuquerque

Fisioterapeuta – Hugo Silva

Preparador físico – Thiago Campos

Yaras

Mariana Nicolau (São José)

Leila Silva (Leoas de Paraisópolis)

Gabriela Lima (El-Shaddai)

Gisele Gomes (Leoas de Paraisópolis)

Isadora Lopes (Melina)

Raquel Kochhann (Charrua/Delta)

Thalita Costa (Delta)

Lohana Valente (GRUA/Delta)

Yasmim Soares (Melina)

Annes dos Santos (El-Shaddai)

Larissa Alves (Curitiba)

Camilla Ísis Carvalho (El-Shaddai)

Comissão técnica

Treinadora – Crystal Kaua

Manager – Dannielle “Shasha” Abreu

Fisioterapeuta – Nágela Freitas

Preparador físico – Ismael Arenhardt

Na foto (de Instagram Mari Nicolau/Reprodução), jogadoras brasileiras antes de treino em competição recente.

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