Brasileiras do rugby melhoram posição no Mundial
A Seleção Brasileira Feminina de Rugby Sevens já voltou dos ERstados Unidos, onde obteve o seu melhor resultado na temporada 2023-24, O time de Mariana Nicolau, jogadora do São José Rugby, ficou em sétimo lugar do torneio de Los Angeles, a quinta etapa das oito do SVNS, o Circuito Mundial.
Confira no material enviado por Victor Ramalho, da assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Rugby.
O fim de semana que passou foi histórico para as Yaras, a Seleção Brasileira Feminina de Rugby Sevens. Em Los Angeles, o Brasil obteve seu melhor resultado na temporada 2023-24 fechando a 5ª etapa com o 7º lugar. Na história, as Yaras conseguiram apenas um resultado melhor, o 6º lugar no torneio de Dubai de 2021, mas naquela oportunidade a Nova Zelândia, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos, esteve ausente por conta da pandemia e apenas 10 seleções participaram da competição. Com isso, o resultado em Los Angeles 2024 teve sabor especial para as brasileiras.
No primeiro dia de jogos, na sexta-feira, o Brasil venceu Fiji, medalhista de bronze nos últimos Jogos Olímpicos, por 12 a 5, quebrando jejum contra as fijianas que vinha desde 2015.
No sábado, as Yaras selaram classificação às quartas de final apesar de duas derrotas. Primeiro, as brasileira caíram por 40 a 0 diante da Nova Zelândia, que provaria sua força sendo campeã da competição. Depois, o Brasil foi superado pela África do Sul por 10 a 7. Raquel fez o primeiro try para as brasileiras, mas as sul-africanas viraram o marcador com dois tries.
A derrota, no entanto, não foi ruim para o Brasil, que conquistou o precioso ponto bônus defensivo (1 ponto é conferido na classificação em caso de derrota por 7 ou menos pontos de diferença).
No domingo, as brasileiras foram derrotadas pela Austrália nas quartas de final por 26 a 5, com Raquel novamente marcando o try brasileiro. Com o resultado, as Yaras foram para a disputa de 7º lugar contra a forte Irlanda, vencedora da 3ª etapa, na Austrália.
Repetição
As brasileiras já tinham feito história na 4ª etapa, no Canadá, ao vencerem justamente as irlandesas, e o feito se repetiu. As Yaras foram dominantes no primeiro tempo com Thalia e Bianca marcando os primeiros tries no jogo com duas belas corridas. A Irlanda reagiu com try de Reilly, mas Thalia disparou para o try crucial do jogo na sequência. Higgins ainda respondeu para as europeias, mas o Brasil definiu a vitória com try de Raquel no finzinho, 28 a 14.
Recuperada
O try decisivo de Raquel marcou um momento emocionante de retorno da jogadora que superou um câncer de mama e voltou a defender as Yaras apenas neste ano.
“Conseguimos grandes jogos porque sempre seguimos nosso plano e aplicamos o que vínhamos construindo. Fizemos história e isso faz parte de uma construção rumo aos Jogos Olímpicos”, comentou Raquel. “Consegui aguentar todos os jogos e somei minutos. Agradeço a todo o time pelo trabalho e eu só finalizei para os tries”, finalizou a atleta.
A disputa
A Nova Zelândia foi a campeã da etapa de Los Angeles ao vencer a Austrália na grande final. Com o 7º lugar, o Brasil reduziu sua distância para a Grã-Bretanha na classificação geral para apenas 1 ponto. As Yaras estão em 9º lugar geral no momento e almejam o 8º lugar para permanecerem na elite mundial.
Ao final de 7 etapas, as 8 melhores seleções garantirão a permanência e continuarão na 8ª e última etapa no grupo que disputa o título do Circuito. Já as 4 últimas colocadas enfrentarão na 8ª etapa as 4 melhores da 2ª divisão por 4 vagas na 1ª divisão de 2024-25.
“Evoluímos demais de uma etapa para a outra e espero que a evolução siga”, comentou Thalia Costa, artilheira das Yaras no Circuito. “Nosso trabalho é muito forte e meus tries só refletem tudo o que o time e a comissão técnica fazem. As energias de todo mundo que torce por nós e de nossas família têm ajudado demais”, completou.
A próxima etapa será em Hong Kong, China, nos dias 5, 6 e 7 de abril.
Na foto (CBRu/Divulgação), a joseense Mariana Nicolau em uma das partidas da Seleção.