Especial 2: O São José no Brasileirão 90 – Parte 15

A saída da zona de rebaixamento é o assunto da Parte 15 do Especial 2 do Jogando Juntos, sobre a participação do São José no Brasileirão 90. No empate como visitante do vice-líder, o goleiro joseense defendeu um pênalti mal marcado.

Depois de descer pela primeira vez à 20ª e última posição, o São José soube subir à penúltima ao empatar com o São Paulo, em casa, por 0 a 0. Agora, na 13ª das 19 rodadas, o desafio era sair da outra posição da zona de rebaixamento, a 19º. No entanto, precisaria somar ponto contra o vice-líder Cruzeiro, em Belo Horizonte.

Sem o ex-zagueiro cruzeirense Eugênio, suspenso por terceiro cartão amarelo, o São José foi a Minas Gerais contando com três que voltavam de suspensão automática: Bira, Luís Carlos Goiano e Vander Luiz. O lateral-esquerdo Joãozinho ainda ficaria afastado, agora por contusão.

No dia 21 de outubro, um domingo, às 17h e com 14.285 pagantes no Mineirão, o São José armou um 4-5-1 que não deixou o Cruzeiro engrenar na partida. Perseguido pela torcida, por ter sido ídolo no rival Atlético, o meia-atacante Tita estava animado e abusando dos dribles. Aos 22 minutos, levou um pontapé do zagueiro Adilson Batista, imediatamente expulso.

Com a vantagem numérica, o São José começou a procurar caminhos para tentar a vitória. E na metade do segundo tempo, quando estava mais próximo da abertura do placar, um erro do árbitro gaúcho José Mocelín mudou o rumo da partida.

Aos 28 minutos, o meia cruzeirense Ramon entrou na área pela esquerda e se jogou ao ver o zagueiro Leandro aplicar um carrinho de frente e na bola. O árbitro marcou pênalti, Leandro ficou irritado, recebeu cartão vermelho e os protestos joseenses geraram uma paralisação de sete minutos.

Aos 35, na cobrança, o ponteiro-esquerdo Edson chutou no canto direito, a meia altura. O goleiro Luiz Henrique, saltando com o braço direito esticado, desviou a bola que ainda tocou de raspão na trave antes de sair a escanteio.

O São José, passando a ter o mesmo número de jogadores e com um árbitro que já não transmitia confiança, preferiu valorizar o ponto que estava somando e depois, suficiente para tirar o time da zona de rebaixamento. O Cruzeiro, consciente de que havia deixado passar a sua melhor oportunidade de gol, também não quis correr maiores riscos, aceitando o 0 a 0.

Os times

O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marcelo, Leandro, Celso e Bira; Luís Carlos Goiano, Amauri, Vander Luiz e Henrique; Tita (Moura) e Viola (Ângelo). Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Alemão e Peu.

O Cruzeiro, do técnico José Luís Carbone: Paulo Cesar Borges; Balu, Paulão, Adílson Batista e Nonato (Eduardo); Ademir, Paulo Isidoro e Ramon; Heyder (Jerry), Luís Gustavo e Edson. No banco: Roberto Carlos, Roberson e Gilmar Estevam.

O árbitro foi José Mocelín (RS), com os assistentes Irani Cichelero (RS) e Geraldo Zimmer (RS).

A rodada

A 12ª rodada teve os seguintes resultados: Cruzeiro 0 x 0 São José; São Paulo 1 x 2 Palmeiras; Santos 1 x 0 Bahia; Corinthians 0 x 0 Portuguesa; Bragantino 1 x 1 Atlético-MG; Vitória 3 x 0 Internacional de Limeira; Grêmio 5 x 0 Náutico; Flamengo 2 x 1 Fluminense; Botafogo 2 x 2 Vasco e Internacional 2 x 0 Goiás.

A classificação geral, com a vitória valendo dois pontos, ficou assim: 1º – Atlético-MG (20 pontos); 2º – Grêmio, Cruzeiro e Corinthians (17); 5º – Santos (16); 6º – Bragantino (15); 7º – Bahia e Vitória (14); 9º – Botafogo, Flamengo e Goiás (13); 12º – Palmeiras, São Paulo, Náutico e Vasco (12); 16º – Internacional, Portuguesa e São José (9); 19º – Inter de Limeira e Fluminense (8).

Na próxima rodada, o São José enfrentaria outro time bem posicionado na classificação. Será o assunto da Parte 16 do Especial. Até lá.

Na foto (Reprodução), uma parte das páginas do São José no álbum de figurinhas do campeonato.

Comentário

comentário