Especial 3: O São José no Brasileirão 82 – Parte 17

No jogo de volta das oitavas de final, o time fez o resultado que precisava no primeiro tempo, mas não sustentou no segundo. É o assunto da Parte 17 do Especial 3 do Jogando Juntos, lembrando a participação do São José no Brasileirão 82.

Depois da derrota no sábado anterior, no Rio de Janeiro, por 3 a 1, o São José recebeu o Bangu com a necessidade de uma vitória por dois gols de diferença. Empatando o mata-mata nos pontos e gols, o time joseense ficaria com a vaga das quartas de final por conta da melhor campanha geral.

Como a partida do Rio teve cinco expulsões, o São José ficou sem três titulares automaticamente suspensos: o lateral-direito Sotter, o zagueiro Darci e o meia Tata. O volante Gerson Andreotti, contundido, foi vetado e o ponteiro-esquerdo Nenê, depois de seis rodadas afastado por contusão, voltou entre os reservas como opção de emergência. No Bangu, o lateral-direito Toninho Baiano e o atacante Wagner foram os dois advertidos com cartão vermelho no estádio de Moça Bonita.

Ao rearmar o São José, o técnico Fidélis surpreendeu ao colocar o zagueiro Ademir Gonçalves como volante. Atrás, Walter Passarinho e Beto Fuscão formaram a dupla de zaga. O lateral-direito Jabu e o meia-atacante Adilson foram os outros dois substitutos e com Niltinho mantido na ponta-esquerda. No Bangu, entraram Júlio César e Mirandinha.

O jogo

No dia 31 de março, uma quarta-feira, às 21h, o São José contou com o estádio Martins Pereira quase lotado, embora o público oficial divulgado tenha sido de 6.079 pagantes. Na delegação do Bangu, destacou-se o esquema de segurança do patrono e presidente Castor de Andrade.

Com bola rolando, o São José fez o seu melhor primeiro tempo do campeonato. Explorando as variações táticas proporcionadas por uma linha de três zagueiros, envolveu o adversário com intensidade e foi desestabilizando a defesa contrária.

Empurrado pela torcida em uma atmosfera das mais positivas, o São José abriu o placar com Niltinho, aos 21 minutos e no embalo, ampliou, com Adilson, aos 27. Um terceiro gol quase veio com Tião Marino.

No entanto, o segundo tempo surgiu bem diferente do primeiro. Com jogadores experientes, o Bangu começou a ter posse de bola e o São José, sem as mesmas forças, foi cedendo espaços. Aos 16 minutos, em um escanteio cobrado da esquerda, o zagueiro Tecão subiu e acertou uma cabeçada, diminuindo para 2 a 1.

A necessidade de mais um gol levou o técnico Fidélis a trocar Ademir Gonçalves por Nenê e ainda substituir Adilson por Eli Carlos. Com as mudanças, o time esboçou reação até levar um outro gol, aos 31 minutos, marcado por Lira.

Em casa, o São José não deixou de lutar. Todavia, o Bangu já estava com o controle da partida e manteve o placar de 2 a 2 até o apito final do árbitro gaúcho Aírton Bernardoni.

Times e resultados

O São José, do técnico Fidélis: Ivan; Jabu, Walter Passarinho, Beto Fuscão e Reinaldo; Ademir Gonçalves (Nenê), Ademir Melo e Adilson (Eli Carlos); Edinho, Tião Marino e Niltinho.

O Bangu, do técnico João Francisco: Tião; Júlio Cesar, Tecão, Moisés e Marco Antônio; Mococa, Lira e Luisão; Pedrinho (Índio), Mirandinha e Vilmar.

Nos outros sete jogos da rodada de volta, os resultados foram: Santos 1 x 0 Londrina (0 x 0 na ida); Corinthians 5 x 2 Bahia (1 x 1); São Paulo 4 x 0 Anapolina-GO (1 x 3); Grêmio 1 x 0 Vasco (1 x 1); Sport Recife 1 x 2 Flamengo (0 x 2); Guarani 1 x 0 Operário-MS (1 x 1) e Fluminense 2 x 0 Ceará (2 x 1). Os confrontos das quartas de final ficaram assim: Corinthians x Bangu, Santos x Flamengo, Guarani x São Paulo e Fluminense x Grêmio.

Na foto (de uma reportagem da revista Placar), o São José sendo apresentado como novidade no Brasileirão.

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