Especial 5: O acesso do São José em 96 – Parte 10

O esperado Campeonato Paulista da Série A-2 chegou e depois da conquista do título no torneio Copa Vale, uma desastrosa estreia que marcou negativamente como a maior goleada sofrida pelo time nas divisões de acesso do futebol estadual. É a Parte 10 do Especial 5 do Jogando Juntos, lembrando as conquistas do São José em 1996.

No dia 25 de fevereiro, um domingo, a estreia do São José seria fora de casa, contra o Paraguaçuense. A longa viagem foi feita no sábado e como havia tempo, os jogadores foram levados para um banho na águas térmicas de Paraguaçu Paulista.

No estádio Carlos Affini, um público pagante de 1.063 torcedores recebeu um São José que tinha como principal reforço a estreia do experiente meio-campista e ex-lateral-direito Edson Boaro. Na equipe da casa, o mais conhecido era o técnico Edson Só, que já exibia alguns acessos no currículo.

O jogo

Quando a bola começou a rolar, o São José parecia um time sem força física para correr como o animado local. Provavelmente afetados pelo tal banho nas águas medicinais, os jogadores joseenses foram completamente envolvidos e com menos de 10 minutos, já perdiam por 2 a 0, gols dos atacante Toti e Célio Alcântara, aos 5 e 7.

Empolgados com as facilidades encontradas, os paraguaçuense trataram de liquidar os visitantes ainda no primeiro tempo. Um gol contra do zagueiro Henrique, aos 18 minutos, e outro do atacante Saldanha, aos 42, armaram uma goleada de 4 a 0.

Conscientes de que a partida já estava perdida, os joseenses tentaram evitar um resultado ainda pior, mas não conseguiram. O segundo tempo continuou nas mesmas condições e o Paraguaçuense, com amplos espaços para contra-ataques, fez mais três gols. Toti, aos 26; o atacante Fialho, aos 32 e o zagueiro Gomes, cobrando pênalti, aos 36, levaram o placar para 7 a 0.

O ponteiro-esquerdo joseense Claudinho, irritado com a situação, revidou uma entrada mais dura e foi expulso. Nos minutos finais, com a torcida gritando olé, o Paraguaçuense ainda quase fez um oitavo gol.

flor

Times e rodada

O São José, do técnico Tata: Wlamir; Josias, Henrique (Celso), Sílvio e Carlos Alberto; Oliveira (Marcus Vinícius), Edson Boaro e Sandro Fonseca; Silvinho (Eduardo), Silva e Claudinho.

O Paraguaçuense, do técnico Edson Só: Hortimar; Fábio Lima, Gomes, Helder e Adriano; Luciano, Jackson e Emerson (Betinho); Célio Alcântara (Fialho), Saldanha e Toti (Elbi).

O árbitro foi Silas Santana, com os assistentes Aparecido de Jesus Carlos e Wilson Honorato dos Santos.

A rodada de abertura teve mais sete jogos: Bragantino 4 x 1 Bandeirante de Birigüi; Rio Preto 2 x 0 Ituano; Santo André 1 x 2 Ponte Preta; Internacional de Limeira 1 x 2 XV de Piracicaba; Portuguesa Santista 1 x 0 Sãocarlense; Comercial de Ribeirão Preto 2 x 2 Paulista de Jundiaí e Olímpia 1 x 1 Noroeste de Bauru.

A classificação, que ao final do primeiro turno qualificará os dois melhores ao quadrangular decisivo: 1º – Paraguaçuense, Bragantino, Rio Preto, Ponte Preta, XV de Piracicaba e Portuguesa Santista (3 pontos); 7º – Paulista, Comercial, Noroeste e Olímpia (1); 11º – Santo André, Inter de Limeira, Sãocarlense, Ituano, Rio Preto, Bandeirante e São José (0).

Depois da inesperada goleada, o São José teria apenas três dias para encarar a torcida e tentar a reabilitação contra um adversário de estreia bem melhor. Será o assunto da Parte 11 do Especial. Até lá.

Na foto (do site As Mil Camisas), o estádio Carlos Affini, em Paraguaçu Paulista.

Comentário

comentário