Especial 5: O acesso do São José em 96 – Parte 11

O time sentiu os efeitos de uma estreia desastrosa e não conseguiu a reabilitação no reencontro com a torcida, sobrando para o técnico. É o assunto da Parte 11 do Especial 5 do Jogando Juntos, lembrando as conquistas do São José em 96.

No dia 25 de fevereiro, na rodada de abertura do Campeonato Paulista da Série A-2, o São José foi a Paraguaçu Paulista e sofreu uma inesperada goleada de 7 a 0. Na quarta-feira seguinte, no primeiro jogo em casa, receberia uma Portuguesa Santista animada pela vitória na estreia, em Santos, por 1 a 0, no Sãocarlense.

Na noite de 28 de fevereiro, apenas 265 pagantes foram ao estádio Martins Pereira. Eles viram um time com algumas alterações e não contando apenas com o ponteiro-esquerdo Claudinho, suspenso por expulsão.

Nervoso e desentrosado, o São José começou mal. A Portuguesa Santista explorou o ambiente tenso, foi envolvendo o time da casa e abriu o placar, aos 14 minutos, com o meia Paulinho.

Apesar do gol adversário, a torcida preferiu apoiar. Instigado e com muita luta, o time joseense foi pressionando os visitantes, até chegar ao gol de empate, aos 36 minutos, com o ponteiro-esquerdo Edvaldo.

Mais confiante, o São José voltou do intervalo atacando. Com dificuldades na marcação, o adversário perdeu o controle e teve dois jogadores expulsos: o meia Calazans e o zagueiro Ronaldo.

O técnico Tata substituiu o lateral-esquerdo Da Silva pelo atacante Lindolfo e o São José tentou tirar proveito da vantagem numérica para virar o placar. No entanto, a ansiedade acabou atrapalhando nas finalizações e o Portuguesa Santista, com a experiência de alguns jogadores como o zagueiro Fernando e o lateral-esquerdo Paulo Robson, sustentou o 1 a 1.

Sem a vitória reabilitadora, um grupo de torcedores foi protestar nas proximidades do vestiário joseense. O técnico Tata, sentindo que alguém precisava pagar a conta, horas depois pediu demissão.

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Times e rodada

O São José, do técnico Tata: Charles; Josias, Sílvio, Fábio e Da Silva (Lindolfo); Edson Boaro, Sandro Fonseca e Marcus Vinícius; Dema (Eduardo), Silva e Edvaldo.

A Portuguesa Santista, do técnico Nenê Belarmino: Ney; Davi, Fernando, Ronaldo e Paulo Robson; Léo, Calazans e Paulinho (Rodrigo); Marquinhos (Beto), Carlinhos e Dinei (Carlos Alberto).

O árbitro foi Rogério Idealli, com os assistentes Paulo Ferreira Roncoletta e Sílvio Luiz Aranha.

Os resultados dos outros sete jogos da rodada: Bandeirante de Birigüi 0 x 0 Paraguaçuense; XV de Piracicaba 1 x 2 Bragantino; Ponte Preta 3 x 0 Rio Preto; Paulista de Jundiaí 2 x 1 Internacional de Limeira; Ituano 2 x 0 Comercial de Ribeirão Preto; Noroeste 4 x 3 Santo André e Sãocarlense 2 x 0 Olímpia.

A classificação, que ao final do primeiro turno qualificaria os dois melhores ao quadrangular decisivo: 1º – Bragantino e Ponte Preta (6 pontos); 3º – Paraguaçuense, Noroeste, Paulista e Portuguesa Santista (4); 7º – Sãocarlense, XV de Piracicaba, Ituano e Rio Preto  (3); 11º – Comercial, Olímpia, Bandeirante e São José (1) e 15º – Santo André e Inter de Limeira (0).

A terceira partida do São José viria longe de casa e com um novo técnico. Será o assunto da Parte 12 do Especial. Até lá.

Na foto (Acervo da Portuguesa Santista), o elenco e a comissão técnico da temporada.

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