Especial 5: O acesso do São José em 96 – Parte 12

A chegada do novo técnico veio sem um resultado reabilitador, mas mostrou que o time poderia pensar em uma retomada na campanha. É o assunto da Parte 12 do Especial 5 do Jogando Juntos, lembrando as conquistas do São José em 96.

Depois do título da Copa Vale, o São José encarava um difícil começo de Campeonato Paulista da Série A-2. Uma estreia desastrosa com goleada sofrida em Paraguaçu Paulista e um empate em casa com a Portuguesa Santista custaram a permanência do técnico Tata.

Como ainda era início de temporada, a grande maioria dos técnicos credenciados se encontrava empregada. No entanto, na Série A-1, o Botafogo de Ribeirão Preto estava abrindo mão de um projeto com Afrânio Riul, especialista em acessos à elite estadual, o grande plano de conquista do presidente joseense Henrique Ferro.

Avisado de que o elenco do São José necessitava de reforços imediatos, principalmente para o setor defensivo, Afrânio trouxe dois jogadores com as quais trabalhava no Botafogo: o zagueiro Rangel, que estava emprestado ao time de Ribeirão Preto, e o meio-campista Ademir Fonseca, um experiente jogador de projeção anterior no Rio de Janeiro, no Botafogo.

O meia-atacante Romero, artilheiro do Aparecida vice-campeão da Copa Vale, também viajou com a delegação e estreou na partida contra o Olímpia.

O jogo

No estádio Tereza Breda, em Olímpia, 265 torcedores pagantes foram assistir ao jogo disputado no dia 3 de março, um domingo. E levaram um susto quando o ponteiro-esquerdo Claudinho abriu o placar para o São José, aos 4 minutos.

No entanto, sem consistência, o São José não conseguiu resistir à reação dos locais e acabou levando uma virada de 3 a 1 ainda no primeiro tempo. O meia Cassinho empatou, aos 21; o atacante Rogério virou, aos 25 e o meia Fernando Poti ampliou, aos 36.

O novo técnico aproveitou o seu primeiro intervalo com os jogadores e algumas correções surtiram efeito. O São José começou a etapa final demonstrando capacidade de reação e fez o segundo gol com o meia Sandro Fonseca, aos 8 minutos.

O Olímpia sentiu que a vitória estava ameaçada e passou a ser mais intenso nas divididas. Os cartões amarelos foram surgindo e o São José, em algumas boas descidas ao ataque, ganhou forças para ir até o apito final sonhando com um empate que não veio.

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Times e rodada

O São José, do estreante técnico Afrânio Riul: Charles; Josias, Sílvio, Rangel e Da Silva; Ademir Fonseca, Edson Boaro (Romero), Sandro Fonseca e Marcus Vinícius; Silva e Claudinho.

O Olímpia, do técnico Bira: Sílvio Luiz; Claudemir (André), Amaral, Rodrigão e Marquinhos; Trigo, Marco Antônio Cipó, Fernando Poti (Marcelo Silva) e Cassinho; Rogério e Ulisses (Fabinho).

O árbitro foi Paulo José Danelon, com os assistentes Valdecir Baldissera e Willam Mauro Vaz Curvo.

A quarta rodada teve os seguintes resultados nas outras sete partidas: Bragantino 1 x 1 Paulista de Jundiaí; Comercial de Ribeirão Preto 0 x 0 Ponte Preta; Portuguesa Santista 3 x 0 Bandeirante de Birigüi; Internacional de Limeira 2 x 3 Ituano; Rio Preto 2 x 0 Noroeste de Bauru; Paraguaçuense 3 x 3 XV de Piracicaba e Santo André 0 x 0 Sãocarlense.

A classificação, que ao final do primeiro turno qualificaria os dois melhores ao quadrangular decisivo: 1º – Bragantino, Ponte Preta e Portuguesa Santista (7 pontos); 4º – Ituano e Rio Preto (6); 6º – Paraguaçuense e Paulista (5); 8º – Sãocarlense, XV de Piracicaba, Noroeste e Olímpia (4); 12º – Comercial (2); 13º – Santo André, Bandeirante e São José (1) e 16º – Inter de Limeira (0).

A quarta rodada terá o primeiro jogo em casa com o novo treinador. Será o assunto da Parte 13 do Especial. Até lá.

Na foto (Olímpia FC/Divulgação), o estádio Maria Tereza Breda.

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