Especial: O São José na temporada de 89 – Parte 3

Na Parte 3 do especial do Jogando Juntos, sobre a vitoriosa temporada do São José em 1989, destaque para uma quebra de invencibilidade, mas com reação imediata durante a fase de classificação do Paulistão.

Depois de derrotas nos dois primeiros jogos e uma sequência de quatro vitórias, a pequena invencibilidade joseense foi quebrada na sétima rodada, no dia 26 de março, um domingo, em Araras, como visitante do União São João.

No estádio Hermínio Ometto, o União São João contou com o apoio de 3.583 torcedores pagantes para melhorar a campanha de uma vitória, quatro empates e uma derrota. No entanto, levou um susto quando os visitantes abriram o placar com um gol do zagueiro André Luís, aos 6 minutos.

Instigado, o União foi ao ataque e descolou um pênalti bem cobrado pelo atacante Kel, aos 18 minutos. No embalo, em um passe aprofundado entre os defensores joseenses, o mesmo Kel virou a contagem, aos 23.

Querendo reagir, o São José avançou o time e saiu do primeiro tempo levando uma goleada de 4 a 1. O meia Zó, aproveitando a sobre de uma boa jogada do irmão Kel, fez o terceiro, aos 35 e o meia atacante Zimermann ampliou, aos 38.

Na volta do intervalo, o São José demonstrou capacidade de reação. Aos 15 minutos, o artilheiro Toni dividiu com um zagueiro, invadiu a área pela meia direita e mandou um chute forte no canto esquerdo, deixando o placar em 4 a 2.

O terceiro gol do São José poderia ter saído antes dos 40 minutos, quando um lançamento longo, em diagonal, da meia direita, foi bem conferido pelo ponteiro esquerdo Marcinho, com um cabeceio cruzado. Depois, no tempo restante, o time joseense ainda conseguiu criar uma boa chance para empatar, mas não mudou o 3 a 4.

O São José, do técnico Waldemar Carabina: Rafael; Marcelo, Juninho, André Luís e Joãozinho; Fabiano, Henrique e Vander Luiz; Tita (Tonho), Toni e Marcinho. Permaneceram na reserva: Luiz Henrique, Bira, Marquinhos Capixaba e Eugênio.

O União São João, do técnico Zé Duarte: Privati; Paulo, Léo, Cavalcante e Jacenir; Beto, Zó e Glauco; Kel (Giba), Cássio (Edinho) e Zimermann.

O árbitro foi Válter Francisco dos Santos, com os assistentes Aberto Luís Martins e Willian Lobo de Souza.

A reação

Na quarta-feira seguinte, dia 29 de março, o São José recebeu o Botafogo de Ribeirão Preto em sua oitava partida. Com 4.673 torcedores pagantes, encontrou um visitante que precisava reagir no campeonato, pois acumulava uma vitória, quatro empates e duas derrotas.

O jogo foi bem disputado, de marcação forte e raras oportunidades de gol. Na melhor delas, aos 16 minutos do segundo tempo, o artilheiro joseense Toni cobrou um pênalti com categoria e fez o único gol da partida.

O São José, do técnico Waldemar Carabina: Rafael; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e João Luís; Fabiano, Henrique e Vander Luiz; Amarildo (Tita), Toni e Marcinho. Permaneceram na reserva: Luiz Henrique, Bira, Marcelo e Tonho.

O Botafogo, do técnico Mário Travaglini, que não usou as suas duas substituições: Luís Andrade; Carlinhos Itaberá, Ari Spadela, Edson Fumaça e Ademir; Antônio Carlos, Alencar e Rogerinho; Dácio, Vlademir e Rinaldo.

O árbitro Oscar Roberto Godoy teve a assistência de José Aparecido de Oliveira e Eduardo Augusto Cerqueira Burckauser.

Outro 1 a 0

No domingo seguinte, dia 2 de abril, o São José recebeu o Grêmio Catanduvense e conquistou a sexta vitória em nove partidas. O placar de 1 a 0 surgiu logo no início, aos 5 minutos, quando o volante Zé Roberto tentou cortar uma jogada do atacante Toni e acabou fazendo gol contra.

No restante da partida, o time joseense teve outras chances, mas não soube ampliar a vantagem. Consequentemente, manteve o adversário com esperanças de um resultado melhor e tentado um empate até o apito final.

O técnico Waldemar Carabina dirigiu o time joseense com: Rafael; Marquinhos Capixaba, Eugênio (Bira), André Luís e João Luís; Fabiano, Henrique e Vander Luiz; Amarildo (Tita), Toni e Marcinho. Ficaram no banco: Luiz Henrique, Marcelo e Tonho.

O Catanduvense, do técnico Antônio Leone e vindo com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, teve: Raul; Ijuí, Paulo Sérgio, Pedro Paulo e Flavinho; Zé Roberto (Karlyle), Agnaldo e Cabé; Marcinho, Roberto Cearense e Mirandinha.

No Martins Pereira, com 6.023 pagantes, o árbitro foi Oswaldo do Santos Ramos. Os assistentes: Elson José Régis Filho e Antônio Celso Xavier da Silva.

Na sequência, o São José somou mais duas vitórias antes do primeiro confronto contra um dos quatro grandes. A história fica para a Parte 4. Até lá.

Na foto (Acervo Museu do Esporte/SJC), Toni, Vander Luís e Marcinho.

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