Especial: O São José na temporada de 89 – Parte 4

A história da Parte 4 do Especial Jogando Juntos destaca a segunda sequência de vitórias do São José no Paulistão de 1989. O time mostrava credenciais para entrar na briga pelas primeiras posições e com uma inesperada mudança no gol.

Somando seis vitórias e três derrotas, o São José partiu para o 10º jogo que pela tabela original deveria ter sido o sétimo. Na oportunidade, um desentendimento entre a Federação Paulista de Futebol e a controladora de preços Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento) provocou a transferência e a sétima rodada ficou entre a 10ª e a 11ª.

No dia 5 de abril, uma quarta-feira, o São José recebeu o América com 5.225 pagantes no Martins Pereira. O time de São José do Rio Preto precisava melhorar a campanha, pois contava com uma vitória, quatro empates e quatro derrotas.

O primeiro tempo foi equilibrado e o São José chegou a correr riscos em alguns contra-ataques. Já no segundo, o time joseense soube buscar a abertura do placar, aos 18 minutos, com o lateral-direito Marquinhos Capixaba. E aproveitando a exposição do adversário, ampliou aos 34, com Vander Luiz e fechou o placar de 3 a 0 no final, marcando Tita, aos 43.

O São José, do técnico Waldemar Carabina: Rafael; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e João Luiz (Marcelo); Fabiano, Henrique e Vander Luiz; Tita Toni (Tonho) e Marcinho. Permaneceram no banco: Luiz Henrique, Bira e Amarildo.

O América, do técnico Luiz Carlos Ferreira: Barbirotto; Denilson, Elias, Mauro e Flávio; Sérgio, Maurinho (Márcio Florêncio) e Zé Roberto; Gil Catanoce, Roberto Carlos e Cleomar.

O árbitro Ilton José da Costa expulsou Marcinho e Elias quando ambos se desentenderam no meio do segundo tempo. Enemias Alves de Oliveira e Ansel Lancman foram os assistentes.

De falta e no final

A segunda sequência de quatro vitórias do São José, em 11 partidas, veio no sábado seguinte, dia 8 de abril, em uma noite de muito calor em Novo Horizonte e com 2.464 pagantes no estádio Jorge Ismael de Biasi.

O Novorizontino, de duas vitórias, seis empates e duas derrotas, precisava dos pontos em casa e tentou pressionar o São José. No primeiro tempo, quase abriu o placar em uma cabeçada do zagueiro Márcio Santos, que anos depois, com a Seleção Brasileira, conquistou o tetra da Copa de 94.

Quando o 0 a 0 já estava de bom tamanho para o São José, surgiu um outro zagueiro que também se destacou na partida. Aos 39 minutos do segundo tempo, em uma falta de média distância, André Luís mandou um chute forte, por baixo e decretou o placar de 1 a 0.

O São José, do técnico Waldemar Carabina e sem contar com os suspensos Vander Luiz e Marcinho, teve: Rafael; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e João Luiz; Fabiano, Henrique e Tonho; Amarildo (Alemão), Tita e Joãozinho (Serginho). Luiz Henrique, Bira e Marcelo permaneceram no banco.

O Novorizontino, do técnico Dudu (histórico volante do Palmeiras): Toni; Cesar, Pinela (Júlio Cesar), Márcio Santos e Claudinho; Rubinho, Amado e Adalberto; Fabinho, Evandro (Edmilson) e Flávio.

Aos 19 minutos do segundo tempo, Tita e Cesar se desentenderam e foram expulsos pelo árbitro Davi Sidney Rodrigues Aveiro. Atílio Guedes de Campos Júnior e Mário Sérgio Barioni de Oliveira foram os assistentes.

Novo goleiro contra o primeiro dos grandes

No Paulistão 89, a vitória valia dois pontos, o empate com gols dava um ponto para cada time e o empate sem gols (0 a 0) valia um ponto para o vencedor de uma decisão por pênaltis.

Depois de 11 rodadas, o São José, com 16 pontos (8 vitórias e 3 derrotas), recebeu o São Paulo que somava 13 (5 vitórias, 1 empate com gols, 1 derrota, 2 empates sem gol com vitória nos pênaltis e 2 empates sem gol com derrota nos pênaltis).

O time joseense perdeu o goleiro Rafael na véspera da partida, realizada no dia 15 de abril, um sábado, às 18h. Sexta-feira de manhã, no último treino, ele sofreu uma grave contusão no joelho e abriu espaço para a estreia de Luiz Henrique.

Com 15.386 torcedores pagantes no Martins Pereira, o jogo foi bem disputado e nas raras chances de gol, os goleiros se destacaram. O placar de 0 a 0 provocou decisão por pênaltis e o São José venceu por 5 a 3.

O ponteiro-esquerdo Edvaldo, que anos depois morreu em acidente de carro, teve o segundo pênalti são-paulino defendido por Luiz Henrique. Os cinco do São José foram convertidos por: Toni, Tonho, João Luiz, Marcinho e Henrique.

O São José, do técnico Waldemar Carabina e sem substituições, atuou com: Luiz Henrique; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e João Luiz; Tonho, Henrique e Vander Luiz; Serginho, Toni e Marcinho. Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Bira, Marcelo, Amarildo e Donizete.

O São Paulo, do técnico Carlos Alberto Silva: Gilmar; Zé Teodoro, Adilson, Ivan e Ronaldo Luiz; Bernardo, Flávio e Benê; Paulo Cesar (Betinho), Ney e Edvaldo.

O árbitro foi Oswaldo dos Santos Ramos, com os assistentes Reinaldo Teixeira Acquesta e Marcos Fábio Spironelli.

Depois, o São José foi visitar o time com o melhor ataque do campeonato e voltou a vencer por pênaltis. Será um dos destaques da Parte 5. Até lá.

Na foto (Acervo do Museu do Esporte/SJC), Rafael, André Luís e Fabiano.

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