Paratleta de Taubaté aproveita temporada na bocha

O paratleta Cris Cursino, 49 anos, do Programa Esporte Para Todos, da Prefeitura de Taubaté, encerrou a temporada 2022 de competições na Bocha Paralímpica com muitos motivos para comemorar.

Em seu segundo ano competindo regularmente na modalidade, ele conquistou a segunda colocação no Campeonato Paulista da Divisão de Acesso, competindo na classe BC3.

Além da boa participação no estadual da modalidade, pela primeira vez Cris competiu na seletiva para o Campeonato Brasileiro. Tais feitos, já o colocam como principal nome da Bocha Paralímpica do Programa Esporte Para Todos e mostram que há espaço para uma evolução dele e da modalidade na cidade de Taubaté.

“Acho que tecnicamente cresci bastante na parte de concentração. Antes eu era bem nervoso, não conseguia manter um nível alto de foco na partida, e isso é primordial para se ter sucesso no jogo de bocha. Também vejo que melhorei bastante nos cálculos de distância, percepção das jogadas, tomadas de decisão e precisão dos lances. Acredito que ter melhorado nesses fundamentos foram primordiais para que os resultados em competição tenham melhorado nesta temporada”, analisou o atleta.

Cris ficou tetraplégico aos 20 anos, após sofrer um acidente em que lesionou a coluna ao mergulhar em um porto de areia desativado. Passou por um longo período de reabilitação e há oito anos o esporte paralímpico entrou em sua vida. Dentro do Programa Esporte Para Todos, praticou e competiu no Paratletismo e na Natação antes de se dedicar à Bocha.

A modalidade

A Bocha Paralímpica é uma das modalidades que melhor acolhem atletas com tetraplegia ou limitações mais severas. Cris comenta que foi muito incentivado a entrar para essa modalidade pelo professor Nelson Dahdal, técnico do Programa Esporte Para Todos.

“Sou muito grato ao meu treinador Dahdal que muito me ajuda na Bocha. Esse crescimento técnico e as nossas conquistas até aqui tem muito da mão dele. Meu treinador também ajudou bastante para conseguirmos os materiais para competir, especialmente o jogo de bolas de bocha e a calha que me auxilia nas jogadas. Ele sempre se dedicou bastante a me treinar e temos também uma grande amizade”, comentou o atleta.

Os paratletas da classe BC3 na Bocha contam com a ajuda de uma calha para realizar as jogadas. E para manusear a calha, existe a figura do auxiliar, que tem de estar em perfeita sintonia com o atleta. No caso de Cris, sua auxiliar é a esposa Cláudia.

Evolução

Animado com a conquista do acesso à 1ª Divisão no Campeonato Paulista, Cris traça planos de mais evolução para o próximo ano. “Meu foco na próxima temporada é continuar jogando bem no Campeonato Paulista. Uma meta é ficar entre os três primeiros da minha classe, desta forma eu me classificaria diretamente para o Campeonato Brasileiro de Bocha, sem a necessidade de disputar a seletiva. É um desafio grande, mas nós estamos muito confiantes”, analisou Cris.

O paratleta comenta ainda que busca melhorar as condições do seu jogo com uma evolução também nos materiais utilizados para treinos e competições. “Por exemplo, a calha que eu uso não é a ideal, ela é de madeira, feita em casa, e as melhores calhas são de acrílico. O jogo de bola é bom, mas não é o de melhor qualidade internacional – que são de fabricação coreana. Acredito que alcançando essa melhora do material, vou conseguir crescer ainda mais no meu jogo e conquistar melhores resultados.”, completa.

Na foto (de Divulgação), Cris e a esposa Claudia em uma competição.

Autoria: Material enviado por Ronaldo Casarin, da assessoria de Imprensa do Programa Esporte Para Todos.

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