Presidente do Taubaté pede licença de três meses

A fraca campanha do Taubaté que montou um time para buscar o acesso e terminou ameaçado de rebaixamento, segue provocando mudanças no clube. O presidente e ex-atacante Gilsinho Rezende pediu afastamento de três meses e o vice imediato fez o mesmo. Um outro vice assume provisoriamente, pelo menos até a próxima reunião do conselho deliberativo.

O Taubaté voltou à principal divisão de acesso em 2016 e com o título de campeão da Série A-3 de 2015. No entanto, como o time não participa da divisão de elite (atual Série A-1) desde 1984, a permanência na Série A-2 já não tem sido valorizada.

Agora, depois de mais um campeonato sem acesso ao Paulistão, mudanças eram esperadas e foram acontecendo. Inicialmente, o diretor de futebol Eduardo Alves saiu destituído do cargo. Agora, a informação chegou na seguinte nota divulgada pela assessoria de Imprensa do clube.

O Esporte Clube Taubaté informa que, nesta segunda-feira (28), o presidente Gilson Rezende e o vice-presidente Hélio Marcondes solicitaram afastamento, por um período de 90 dias, de seus respectivos cargos da diretoria Executiva.

O presidente justificou o pedido alegando resolver questões pessoais. Já o vice-presidente Hélio alega que será candidato a presidente nas próximas eleições do clube, e usará o período em questão para focar no plano de gestão que pretende apresentar ao Conselho Deliberativo, sócios e torcedores antes do próximo pleito.

Diante dos afastamentos, o Clube será comandado pelo atual vice-presidente Marcus Querido, ao lado do também vice Fábio Antunes (o mandato da atual diretoria vai até 31 de agosto e após eleição de reformulação parcial do conselho em maio).

O Esporte Clube Taubaté agradece o empenho e dedicação dos gestores que se dedicam a nossa instituição.

Gilsinho

Minutos depois, o presidente Gilson Resende postou o seguinte texto nas redes sociais e com um mosaico de fotos.

“Hoje me afasto da presidência do clube. Foi aqui no E .C. Taubaté que comecei minha carreira, que cresci, que venci, que perdi, que aprendi. E que sempre lutei. Com todas minhas forças.

Em primeiro lugar, lamento demais a campanha em campo nas duas últimas temporadas. Não foram os resultados que queríamos. Mas não foi por falta de luta, esforço, dedicação e amor. Peço perdão a quem não consegui agradar, apesar de tanta luta, com os times que nos representaram.

Agora o momento é de críticas extremas. Algumas justas. Outras injustas e injúrias. Por isso, preciso me afastar e dar segmento na minha vida, ficar perto da minha família, meu berço acolhedor e especial de sempre.

Quando no campo não vai bem é difícil reconhecer o que também de bom foi feito. E quanta coisa fizemos! Eu e meu time!

Pagamos mais de 5 milhões de reais em dívidas.

Construímos um vestiário no padrão da série A1 e pintamos o estádio numa parceria com uma multinacional.

Conseguimos, como poucos clubes do Brasil, ter as cotas da FPF liberadas, por termos feitos bons acordos judiciais e o clube social voltou a ter vida!

Mas não subimos. E no futebol, muitas vezes, é isso que importa. Mas futebol não é só isso.

E saibam que se em campo eu dava a vida. Fora dele dei minha vida, minha energia, meu dinheiro e meu suor.

E tudo valeu a pena. Que fique guardado o que foi bom. E que o que foi ruim sirva de aprendizado.

Agradeço aos amigos que ficaram comigo, ao meu lado, em todos os cenários. Um abraço a todos da família alvi azul, o clube que sempre irei amar.”

Na foto (de Rodrigo Corsi/FPF), o presidente Gilsinho em reunião na Federação Paulista de Futebol.

Comentário

comentário