Rugby brasileiro sente outra vez a força dos argentinos

O time brasileiro de rugby profissional, com jogadores do São José e Jacareí, voltou a sentir a força dos argentinos na segunda da partida em casa pela principal competição continental.

Confira no material enviado por Carlos Alessandro e Victor Ramalho, da assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Rugby.

A comunidade do rugby brasileiro encheu a arquibancada principal do Estádio Nicolau Alayon, em São Paulo, para o duelo entre Cobras e Dogos XV na segunda rodada do Super Rugby Américas, a liga profissional do continente

O domingo de rugby no Estádio Nicolau Alayon, na Zona Oeste paulistana, começou intenso com clínica de scrum e um grande festival de rugby infantil, que mobilizou clubes de todo o estado de São Paulo. Diante de cerca de 900 torcedores, o prato principal do dia foi o duelo pela segunda rodada do Super Rugby Américas entre Cobras, a franquia brasileira, e Dogos XV, o time argentino baseado na cidade de Córdoba.

Os visitantes foram para o jogo de olho na liderança da competição, após vencerem na estreia por 30 a 24 contra o time paraguaio do Yacare XV. Já os brasileiros tinham sido derrotados pelos argentinos do Pampas, rivais dos Dogos, por 41 a 21.

Em campo, a história acabou sendo semelhante ao jogo anterior. Os Cobras fizeram sólido primeiro tempo e foram ao intervalo em vantagem de 7 a 3, mas sofreram com os cartões e os argentinos viraram o placar no segundo tempo, triunfando por 31 a 14. O resultado manteve o 100% de aproveitamento dos cordobeses, que fizeram 4 tries e saíram de campo com o ponto bônus.

Já os Cobras chegaram a flertar com a virada no placar e esperam encerrar a indisciplina para os próximos jogos. “Pecamos novamente com os cartões e isso nos custou muito. O time é aguerrido, mas precisamos evoluir na questão dos penais”, comentou Josh Reeves, treinador dos Cobras.

Pressão

Os argentinos começaram o jogo pressionando muito e os Cobras mostraram forte defesa, segurando o zero a zero por 30 minutos. Giudice, dos Dogos, e Levy, dos Cobras, tiveram cartões amarelos nesse período. Os dois chutadores desperdiçaram suas primeiras oportunidades e somente aos 31′ Hernández abriu o placar com penal para os Dogos.

A resposta brasileira foi imediata, com ótimo trabalho dos forwards no pick and go até o capitão Gabriel Paganini romper para o primeiro try do duelo, convertido por Zé. O momento dos Cobras era bom, com chute cruzado de Cantarutti para Ariel quase resultando em novo try.

Com 7 a 3 de vantagem, o time brasileiro abriu o segundo tempo com boas expectativas, mas o cartão vermelho a Lucio Anconetani complicou a situação da equipe. Os argentinos conseguiram o try da virada na base do maul, com um penal try aos 58′, acompanhado de cartão amarelo a Paganini.

Com 13 em campo, os Cobras não conseguiram segurar a linha argentina, com o asa Efrain Elías marcando o segundo try aos 66′. Moyano ainda aproveitou os espaços para marcar o terceiro try dos Dogos na sequência em bela troca de passes, mas o amarelo a Nuñez permitiu que os Cobras conseguissem esboçar a reação, com o irlandês debutante Byrne finalizando após fase para o segundo try brasileiro. No fim, todavia, os cordobeses criaram espaço após ruck rápido para o quarto try, de Albrisi, que decretou o 31 a 14.

“O primeiro tempo foi muito constante e jogamos bem. No entanto, tivemos cartões desnecessários no segundo tempo e isso nos atrapalhou. Agora é trabalhar com esses aprendizados para não cometermos os mesmos erros. Vamos com tudo para o próximo jogo”, comentou Henrique Ferreira, dos Cobras.

Classificação

A classificação, que levará os quatro melhores às semifinais, ficou assim: 1º – Selknan-Chile e Dogos XV-Argentina (10 pontos em 2 jogos); 3º – Pampas-Argentina (5 em 2); 4º – Peñarol-Uruguai (4 em 1); 5º – Yacaré XV-Paraguai (1 em 1) e 6º – Cobras-Brasil e Raptors-Estados Unidos (0 em 2).

No próximo domingo, tem Cobras novamente em casa, contra os paraguaios do Yacare XV. O jogo será outra vez no Estádio Nicolau Alayon, com entrada franca.

Os times

Cobras

Tries: Paganini e Byrne

Conversões: Tranquez (2)

15 Guilherme Coghetto, 14 Ariel Rodrigues, 13 Nicolás Cantarutti, 12 Victor Guilherme “Feijão” Silva, 11 Daniel “Maranhão” Lima, 10 Lucas “Zé” Tranquez, 9 Facundo Villalba, 8 André Arruda, 7 Matheus Cláudio, 6 Cleber “Gelado” Dias, 5 Gabriel Paganini, 4 Lucio Anconetani, 3 Henrique Ferreira, 2 Endy Willian Pinheiro, 1 Levy Marinho;

Suplentes: 16 Alexandre “Texugo” Alves, 17 Leonardo “Neymar” Souza, 18 Joel Ramirez, 19 Ben Donald, 20 Diver Ceballos, 21 Donnacha Byrne, 22 Douglas Rauth, 23 Alain Altahona;

Técnico: Josh Reeves

Dogos XV

Tries: Try penal, Elías, Moyano e Albrisi

Conversões: J Hernández (3)

Penais: J Hernández (1)

15 Franco Giudice, 14 Mateo Soler, 13 Faustino Sánchez, 12 Leonardo Gea, 11 Ernesto Giudice, 10 Julián Hernández, 9 Juan Cruz Strada, 8 Ignacio Gandini, 7 Efrain Elias, 6 Aitor Bildosola, 5 Franco Molina (c), 4 Gregorio Hernandez, 3 Octavio Filippa, 2 Boris Wenger, 1 Santiago Pulella;

Suplentes: 16 Roman Pretz, 17 Mateo Nuñez, 18 Ramiro Valdez, 19 Federico Albrisi, 20 Juan Bautista Mernes, 21 Agustín Moyano, 22 Juan Bautista Baronio, 23 Mariano Garcia;

Técnico: Nicolás Galatro

A equipe de arbitragem: Frank Méndez (árbitro), Gonzalo Ventoso, Guilherme Zaparoli (assistentes) e Alejandro Longres (TMO).

Na foto (de Bruno Ruas/@ruasmidia), os argentinos mantendo a posse de bola na derrota do Cobras.

Comentário

comentário