São José joga decidindo título da Copa Paulista
Na finalíssima da Copa Paulista, o São José recebe a Portuguesa Santista, neste sábado, às 15h. Além do título, a conquista também entraria para a história como a primeira no Martins Pereira com a torcida no estádio. Em 2020, a pandemia do coronavírus proibia público nas partidas. Agora, os ingressos estão esgotados desde segunda-feira.
Promovida para movimentar os times que no primeiro semestre disputavam as séries A-1, A-2 e A-3 do Campeonato Paulista e no segundo ficavam sem competição estadual, a Copa Paulista cresceu quando passou a premiar os dois finalistas com vaga em competição nacional do ano seguinte. O campeão escolhe entre Campeonato Brasileiro da Série D e Copa do Brasil deixando o vice com a outra opção.
No final do ano passado, quando assumiu o São José como SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Grupo Oscar destacou que o time passaria a ter calendário anual, disputando também a Copa Paulista no segundo semestre.
Com o time correspondendo no Paulista da Série A-3 e conquistando uma das duas vagas de acesso à Série A-2 de 2024, a comissão técnica manteve alguns jogadores e contratou outros. A readequação do elenco já promoveu o retorno do time ao cenário nacional e a preferência é pelo Brasileiro da Série D que possibilita acesso à Série C.
Nas finais da Copa Paulista, a melhor campanha geral deu ao São José o direito de jogar em casa na segunda partida. A Portuguesa Santista aproveitou a oportunidade de começar diante da torcida e venceu no jogo de ida, fazendo 1 a 0. Por isso, terá a vantagem do empate na volta deste sábado, ou ainda uma decisão por pênaltis caso sofra uma derrota pela mesma diferença de um gol. Consequentemente, o desafio do São José na volta é vencer por dois gols de vantagem, virando o placar agregado.
História
Desde que o Martins Pereira foi inaugurado, em 1970, o São José disputou somente uma finalíssima em casa, a do Paulista da Segunda (4ª) Divisão de 2020. As outras conquistas, incluindo acessos e qualificações para competições como a Copa do Brasil de 90, foram comemoradas em partidas como visitante.
Em 2020, São José e Bandeirante de Birigui conquistaram as duas vagas de acesso à Série A-3 de 2021 e partiram para as finais festivas. Pela melhor campanha, o São José teve as vantagens da igualdade no placar agregado e do jogo de volta em casa. Perdeu em Birigui, por 2 a 1 e venceu no Martins Pereira, por 1 a 0.
Na Série A-3 deste ano, São José e Capivariano subiram à Série A-2 de 2024 e foram às finais festivas. O time de Capivari, com a melhor campanha, veio ao Martins Pereira na ida e perdeu, por 1 a 0. Depois, na volta, recebeu o São José e venceu, por 3 a 0.
Neste sábado, o São José poderá voltar a ter um mata-mata decidido nos pênaltis, algo que não encara há quase 34 anos. O último foi pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série B de 1989, contra o gaúcho Juventude. Após duas partidas sem gol e a segunda em Caxias do Sul, o time joseense fez 6 a 5, avançou e conquistou uma das duas vagas de acesso ao Brasileirão 90.
Confronto
Na atual Copa Paulista, o São José sofreu apenas duas derrotas em 15 partidas e vinha de uma invencibilidade de 13 rodadas. No 1 a 0 sofrido sábado passado em Santos, o gol surgiu nos acréscimos e na cobrança de um pênalti que não ficou evidente. Muitos joseenses protestaram, entendendo que a arbitragem já havia ignorado faltas parecidas em um segundo tempo sobre gramado encharcado pelas chuvas, após um primeiro bem jogado pelas duas equipes.
Bem antes, pela rodada de abertura da Copa Paulista, foi também como visitante da Portuguesa Santista que o São José sofreu a outra das duas derrotas na campanha, por 2 a 0. Mais adiante, pela sexta rodada que abriu o returno do Grupo 3, o São José armou 3 a 1 na revanche e levou um segundo gol quando parecia com a vitória já encaminhada em um placar fechado com o resultado de 3 a 2. Foi uma das quatro derrotas da Portuguesa Santista em seus 15 jogos.
Os times
O São José voltou de Santos sem desfalques por suspensão ou contusão. O técnico Ricardo Costa dirigiu a seguinte equipe: Luís Augusto; Léo Pereira (Léo Gobo), Caio César, Matheus Abreu e Heitor Roca; Pedro Favela, Gustavo Nicola e Rodrigo Andrade (Anderson Cavalo); Nicholas (João Gabriel), Rafael Tanque e Matheus Serafim (Jeferson Lima).
A Portuguesa Santista, do técnico Sérgio Guedes, jogou com: Wagner Coradin; Michel (Dieguinho), Flávio Boaventura, Glauco Nabor e Kaio Cristian; Jean Henrique, Ítalo Henrique, Léo Santos e Franco; Anderson Magrão e Lucas Paraíba (Schutz).
Arbitragem e público
A equipe de arbitragem, no campo, terá: Guilherme Nunes de Santana (árbitro), Rafael Tadeu Alves de Souza (assistente 1), Leandra Aires Cossette (assistente 2), Ilbert Estevam da Silva (quarto árbitro), Robson Ferreira Oliveira (quinto árbitro) e Celso Barbosa de Oliveira (analista de campo).
Do lado de fora: Márcio Henrique de Gois (árbitro de VAR), Alberto Poletto Masseira (árbitro assistente de VAR), Renato de Carlos (observador de VAR), Gustavo Cesar Pedrozo (quality manager), Raul Holanda (operador de replay), Rodrigo de Lima (técnico de garantia estádio), Lucas Wilson Rodrigo de Menezes (assistente de área de revisão).
Quando a tabela das finais foi confirmada, o São José começou a vender os ingressos para o jogo deste sábado. A carga total de 12.234 está esgotada desde segunda-feira.
Nas imagens, o São José momentos antes da mais recente partida em casa, contra o Grêmio Prudente (foto de São José EC/Divulgação) e o defensor joseense Léo Gobo e um jogador da Portuguesa Santista na partida de sábado passado (foto de Bob Paulino/Agência Paulistão).
