São José tem inscrições bloqueadas por ação de 2016

O São José está momentaneamente impedido de inscrever reforços no Campeonato Paulista da Série A-3, como os dois recentemente contratados. Um jogador do time do rebaixamento de 2016 cobra uma dívida e a ação caiu fora do acordo do clube com a Justiça Trabalhista. A solução poderá levar um tempo razoável de negociações e trâmites processuais.

Em 2016, no segundo rebaixamento nos três anos de mandato do presidente Benevides Ferneda, o Galeia, o São José caiu da Série A-3 para a Segunda (4ª) Divisão. Durante o campeonato, entre os reforços recebidos pelo técnico Wlademir Ribeiro Pereira, o Kiko, chegou Marcus Vinícius Fonseca Moreira.

Baiano de Feira de Santana e então com 23 anos de idade, o meio-campista Marcus Vinícius veio depois de passagens pelo sub-20 do Vasco da Gama, Fluminense de Feira de Santana-BA, Arapongas-PR e Fast Club de Manaus-AM.

Estreando na 10ª das 19 rodadas da fase de classificação, Marcus Vinícius foi titular durante cinco rodadas consecutivas e saiu substituído durante a partida da sexta. Em Matão, no dia 20 de março, o São José perdeu para a Matonense por 3 a 0 e o resultado também provocou a demissão do técnico Kiko.

Sem Marcus Vinícius na equipe, o São José completou a competição e depois, com o rebaixamento, desmontou o time e nem quis voltar a campo no segundo semestre que apresentava a Copa Paulista como opção.

Sucessor de Geleia para um mandato de 2017 a 2019, o presidente e advogado Adilson José da Silva negociou uma acordo com a Justiça do Trabalho. Ficou combinado que 30% de todas as receitas financeiras do São José são destinados a um plano de pagamento das dívidas reclamadas.

Seguindo adiante na carreira, Marcus Vinícius voltou a São Paulo em 2018, no Taboão da Serra. Em 2019, atuou pelos baianos Fluminense de Feira e Unirb de Alagoiinhas. Em 2020, esteve no São Matheus-ES, agora, aos 28 anos, voltou para o time de sua cidade, o Fluminense de Feira.

flor

Na Justiça

Movida por intermédio da 6ª Vara do Trabalho de Feira de Santana, a ação chegou direto na Federação Paulista de Futebol, que por sua vez, informou ao clube que os procedimentos determinavam a proibição da inscrição de novos atletas, até uma solução. O valor cobrado, com correções e atualizações, estaria em torno de R$ 140 mil.

Atualmente, o São José tem Celso Monteiro na presidência desde o ano passado. O futebol é administrado pelo gestor Robertinho da Padaria que recentemente confirmou as contratações do atacante Gilsinho e o versátil volante Carlinhos. Agora, se a pandemia deixar o campeonato voltar na próxima quarta-feira, como programado, os dois novos jogadores ainda não poderão estrear.

“Se não bastasse todas as dificuldades trazidas pela pandemia, surgiu mais uma. Já estamos tentando uma solução, mas poderá levar alguns dias”, disse Robertinho, sem entrar em detalhes sobre o plano em andamento.

Na foto (de Danilo Sardinha/GloboEsporte.com), Marcus Vinícius tentando desarmar um jogador do Rio Preto em partida do São José pela Série A-3 de 2016.

Comentário

comentário