Taubaté feminino adia o sonho do acesso
No jogo que valia acesso ao Brasileirão do futebol feminino, o Taubaté foi visitar o São Paulo na tarde deste sábado e não resistiu ao adversário. No Pacaembu, levou dois gols ainda no primeiro tempo e terminou perdendo, por 3 a 0.
No mata-mata das quartas de final do Brasileiro da Série B, a melhor campanha deu ao São Paulo a vantagem do jogo da volta em casa. No entanto, o Taubaté soube aproveitar a condição de mandante do primeiro jogo, vencendo no Joaquinzão, domingo passado, por 1 a 0.
No Pacaembu, com o Taubaté possuindo a opção de um empate, o São Paulo começou pressionando. Mesmo ainda sem contar com a renomada atacante Cristiane, afastada por contusão, o Tricolor teve força ofensiva para descolar um pênalti.
Aos 17 minutos, a lateral-direita Mylena Carioca derrubou a atacante Ottilia que ainda buscava o equilíbrio necessário para finalizar diante da goleira Yolanda. Dois minutos depois, na cobrança, a própria Ottilia foi eficiente, chutando forte, por baixo, no canto direito e além do alcance da goleira.
Perdendo a vantagem do empate, por conta do 1 a 1 no placar agregado, o Taubaté começou a criar um volume de jogo interessante e quase empatou em uma cabeçada bem defendida pela goleira Carla. No entanto, aos 39 minutos, voltou a ter problemas quando a experiente volante Sabrina saiu contundida.
O São Paulo sentiu que poderia melhorar a sua condição ainda antes do intervalo e foi buscar o segundo gol, aos 47 minutos. Pela direita, Ottilia aprofundou para Jaqueline ir ao fundo e cruzar rasteiro e para trás. Bem posicionada, a meia Ari chegou chutando de primeira.
Como a desvantagem mínima no placar provocaria decisão por pênaltis, o Taubaté voltou mais ofensivo no segundo tempo. E justamente quando incomodava a defesa adversária, o São Paulo fez um gol de contra-ataque. Aos 30 minutos, um chutão da defesa virou um lançamento longo pela meia direita. A atacante Valéria escapou da tentativa de corte de uma defensora, disparou, invadiu a área e concluiu depois de passar pela goleira.
Necessitando de dois gols em pouco mais de 15 minutos, o Taubaté sentiu que a missão era praticamente impossível. Ainda tentou em algumas investidas, mas nem chegou perto do primeiro para sonhar com um segundo.
Agora, como a excelente campanha no Brasileiro da Série A-2 comprometeu o desempenho no Paulista e gerou desclassificação, o Taubaté ficou sem competições oficiais para o restante do ano.
Os times
O Taubaté não contou com a zagueira-volante Tatá, expulsa no jogo de ida. O time do técnico Arismar Júnior jogou com: Yolanda; Mylena Carioca, Amanda, Thayná Marins (Ionara 18´/1º) e Thalita; Sabrina (Natasha Sorriso 44´/1º), Tainá, Rafa Marques e Sisi; Lucélia (Hericka – intervalo) e Ariel.
O São Paulo, do técnico Luciano Piccinato, jogou com: Carla; Bruna, Thaís, Rayane e Natane; Cris, Yaya (Dyneffer 44´/2º) e Ari; Jaqueline (Giovânia Piti 31´/2º), Ottilia e Valéria (Lari 36´/2º).
A equipe de arbitragem, do quadro de paulistas da CBF, contou com: Fernanda do Santos Ignacio de Souza (árbitro), Marcela de Almeida Silva (assistente 1), Amanda Pinto Matias (assistente 2), Adriano de Assis Miranda (quarto árbitro) e Eduardo Cesar Coronado Coelho (analista de campo).
Na foto (de Bruno Castilho/EC Taubaté), Rafa Marques entre duas jogadoras do São Paulo.