Título do Taubaté Vôlei é lembrado em paralisação

A Superliga Masculina foi interrompida pelo coronavírus na metade de março e antes da 22ª e última rodada da fase de classificação. O Taubaté liderava e precisava confirmar a posição recebendo o Sesi-SP, porque o Cruzeiro ainda poderia recuperar a primeira colocação.

Sem saber se campeonato terá o prosseguimento desejado pela maioria dos times, ou a retomada virá com o início de uma nova temporada, o oposto Leandro Vissoto poderá voltar ainda mais animado. Nesta semana, ele lembrou a conquista do título do ano passado.

Confira em uma entrevista enviada por Ronaldo Casarin, da Maxx Sports, assessoria de Imprensa do Taubaté Vôlei.

Melhor jogador das finais da Superliga 2018/2019, Leandro Vissoto relembra da emoção de levar o EMS Taubaté Funvic ao seu primeiro título nacional: “No momento mais importante do campeonato nós estávamos no nosso melhor”

O dia 11 de maio de 2019 entrou para a história do esporte da cidade de Taubaté. Neste dia era disputada em Suzano o quinto e último jogo das finais da Superliga masculina de vôlei da temporada 2018/2019.

A vitória por 3 sets a 1 sobre o rival SESI-SP dava ao EMS Taubaté Funvic seu primeiro título nacional da história, diante de um ginásio lotado – a maioria da torcida era do adversário – na cidade de Suzano, onde as três últimas partidas daquela série final foram disputadas.

Um dos personagens centrais da conquista foi o oposto Leandro Vissotto, um dos mais experientes da equipe. Atleta com rodagem internacional, Campeão Mundial com a Seleção Brasileira, e detentor de uma medalha de prata Olímpica (Londres 2012), ele chegou à Taubaté como um dos nomes de peso para a temporada 2018/2019. No entanto, Vissotto lembra que a caminhada até o título não foi tranquila.

“Foi uma temporada com muitos problemas. Eu não estava na minha melhor forma física, não estava na melhor condição técnica, e não estava no meu melhor psicologicamente. Mas no final da primeira fase a chegada do Renan Dal Zotto foi um ponto de virada para toda a nossa equipe e para mim. Consegui embalar numa boa sequência, treinando bem e jogando no meu melhor, e consegui entregar o que eu era capaz de fazer pelo time. Terminar como campeão e como MVP das finais foi um prêmio por tudo que passei, os momentos de sofrimento que só eu sei como foram duros. Mas jogador tem que dar a volta por cima dessa forma, jogando bem e dando a resposta dentro de quadra. E eu consegui dar essa volta, mostrar meu melhor voleibol e provar que podia ser uma peça importante naquele time campeão.”, recorda.

Arrancada

Para o oposto, a arrancada rumo ao título se deu tão logo a equipe taubateana confirmou a vaga ao derrotar o Sada Cruzeiro, fora de casa, fechando a série semifinal em 3 jogos a 0. “O Sada era o nossos grande adversário, um carrasco histórico nas últimas edições da Superliga. Entramos nas semifinais bem pressionados, mas também com muita vontade de passar por eles. Apesar da série ter terminado em 3 a 0, foram três partidas muito disputadas, com dois jogos terminando em 3 sets a 2 para nós, e conseguimos avançar para a inédita final.”, recorda.

“Acho que quando nós confirmamos a série semifinal em 3 a 0 contra o Sada, e vendo a forma como time cresceu naquele momento, ali eu tive certeza de que a gente seria campeão. É claro que muita gente não acreditava e tantos outros não tinham certeza. Mas jogo a jogo nós mostramos que éramos capazes, mesmo tendo pela frente um adversário fortíssimo como o SESI.”, completa Vissotto.

Eleito o MVP (melhor jogador) das finais, e tendo sido o maior pontuador taubateano no jogo decisivo, com 19 bolas anotadas, Vissotto faz questão de não querer só para si as glórias da vitória final, e destaca que o jogo coletivo do Taubaté foi determinante para a conquista.

“Nós nos entregamos muito no dia a dia nos treinamentos, e o time era de qualidade, jogadores vencedores, de alto nível. E depois de alguns momentos ruins na temporada regular, nos playoffs foi questão de colocarmos a cabeça no lugar, e o Renan conseguiu que nós mudássemos nossa postura para melhor. Continuamos trabalhando duro e a equipe como um todo cresceu bastante. No momento mais importante do campeonato nós estávamos no nosso melhor.”, destaca.

Significado especial

De tantas conquistas em que teve em sua vitoriosa carreira, a conquista da Superliga masculina 2018/2019 pelo EMS Taubaté Funvic teve um gosto muito especial para Leandro Vissotto.

“Era o título que faltava no meu currículo como atleta profissional. Eu já havia feito final, mas nunca tinha sido campeão e tinha muita vontade de levantar esse título da Superliga.”, lembra o oposto.

“Fui felizardo de poder jogar todas as finais de todos os campeonatos que eu disputei em 25 anos de carreira. Venci a maioria, alguns não consegui, mas essa conquista com o Taubaté foi de um sabor especial. Foi muito gostoso celebrar, pois nós trabalhamos muito para isso. A gente treina, joga, se entrega ao esporte para ser campeão, para conquistar títulos. E já no meu primeiro ano pelo EMS Taubaté Funvic conquistar o título nacional foi muito gostoso, muito importante e marcante na minha carreira.”, finaliza.

Na foto (Arquivo/Maxx Sports Brasil), Vissotto comemorando ponto em jogo do Taubaté.

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